Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
A povoação de Chiqueda integra-se num local único. O vale cavado pela Ribeira do Mogo na Serra de Candeeiros é dominado por vegetação luxuriante, por onde serpenteia o pequeno curso de água.
O local é visitado por um elevado número de visitantes, fazendo fé nos trilhos bem delimitados ao longo da ribeiro, na sombra da vegetação.
Iniciámos o passeio. Instantes após a partida uma subida íngreme levou-nos ao interior da floresta. Por entre pequenos carreiros onde apenas cabia um ciclista, percorremos cerca de 20 Km .
Um traçado de dificuldade média, tanto física como tecnicamente . Algumas subidas com inclinação moderada, mas com alguma pedra foram facilmente ganhas por todos os 19 elementos do grupo.
As descidas a exigir alguma atenção foram facilmente ultrapassadas. No final de um dos troços uma rampa a 45º permitiu testar a confiança de todo o grupo, como se pode ver no filme.
Já de regresso, em velocidade acelerada descemos os 3 Km que nos levaram até à povoação. Nem demos pela passagem pelo do poço Suão, tal era o prazer de desfrutar a frenética velocidade por entre a vereda. Pois fiquem sabendo que o Poço Suão é a reserva preciosa da água que abastece Alcobaça.
Todos os sentidos apurados para distinguir os aromas, ouvir chilrear dos pássaros e sentir a brisa que nos acalmava o calor.
Subitamente o inesperado! Um pneu abandonado? Como é possível isto acontecer num local tão belo e inacessível para automóveis?
Continuámos a marcha. Logo ali a ribeira já sem água, mas invadida pelo verde da vegetação . Espanto total e inédito. Dentro da ribeira duas enorme rodas de um Dumper ", ainda com o eixo. Inadmissível! Mais adiante jazia o dito dumper " a ser corroído pelo tempo. Não é possível !
Admito com dificuldade que exista uma pedreira num local tão belo, o que não aceito é que os interesses económicos se sobreponham ao respeito pelo ambiente. Fica mais dispendioso retirar o dito dumper , do que comprar um novo? E a natureza, quanto vale? Pelo que podemos observar pelos lados da Chiqueda vale pouco!
Não se deixem enganar porque a riqueza da Chiqueda está nas pessoas e na beleza do ambiente natural, e essa tem um valor incalculável .
O passeio continuou até à aldeia. Ficou a sensação reconfortante de uma manhã bem passada. Não fosse aquela pequena nódoa teria sido uma manhã perfeita.
Recomendo o passeio e sei que lá iremos voltar inúmeras vezes .
Rui
As fotos
O vídeo
Depois de no último Domingo uma equipa de exploradores do grupo "Trilhos Sem Fim" ter conduzido com um retumbante sucesso a expedição à Chiqueda , chegou a hora de se deslocar às terras de Cister a Assembleia Geral do Trilhos Sem Fim.
O enriquecimento cultural será deveras interessante já que será a oportunidade de nos aventurarmos no Maciço Calcário Estremenho, a região cársica mais importante do país. Como sabem , podem diferenciar-se no maciço três subunidades , sendo uma delas a Serra dos Candeeiros, onde se situa a Chiqueda .
Aí desemboca o Vale da Ribeira do Mogo , encaixado em solos predominantemente calcários, que com as águas provenientes da depressão da Ataíja , mantêm o caudal permanente desta ribeira.
Na origem do topónimo de Chiqueda poderemos considerar a lenda em que D. Afonso Henriques ao chegar a esse vale e achando o local propício para nele se instalar o Mosteiro, mandou parar a sua comitiva e terá proferido as seguintes palavras, chiu ! Quêda ! ou chio-quêda ”, (queda de quedar, parar). Infelizmente para Chiqueda, o mosteiro foi mandado construir em Alcobaça.
Estou certo de que após observação cuidada do post anterior e com uma vontade insaciável de enriquecer os conhecimentos em geologia não irão faltar a este evento.
Então vamos:
Encontro no dia 6 de Abril às 8H00M , impreterivelmente , junto ao Rio Lis (39°45'2 N 8°48'33"W), perto do complexo de piscinas municipais.
O transporte das bikes é da responsabilidade de cada participante
Na sua edição de Março, o Jornal de Meirinhas faz referência ao passeio do grupo Trilhos Sem Fim à zona de Colmeias e Agodim.
Rui
Clique na imagem para ampliar
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.