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Trilhos Sem Fim - Volta do Caracol

por Trilhos Sem Fim, em 29.06.14

Por terras d'el rei em manhã de domingo soalheira os TSF's na rota do caracol, ai Deus e o e, ai Deus e o e.

Para desenjoar da pedra das nossas serras... Concentração foi feita no Pedrogao, junto ao novíssimo centro de btt (Café Turismo, para quem ainda não sabe) as nove com partida meia hora depois.

Quase trinta e cinco quilómetros, pouco mais de duzentos e cinquenta metros de acumulado, média proxima dos vinte quilómetros hora, poucas curvas e quase tudo feito em esquadria por aceiros das matas nacionais ate ao Osso da Baleia onde o Dani veio ao nosso encontro com a geleira e um caixote de deliciosos pastéis de nata.

O Rui Leitão e o Hugo Brites levaram xaropes das respectivas quintas... Dali passamos pela Lagoa da Ervideira onde apreciamos uma concentração de motorizadas antigas para partirmos pela eco-pista até ao ponto da partida. Com excepção dos Armindos (pai e filho), que tinham outros compromissos, todos ficamos no Café Turismo para almoço prolongado, com muitos, deliciosos e variados petiscos, regados com água mineral de Vialonga e que durou para lá das três da tarde altura em que zarpamos com a mútua promessa de nos voltarmos a encontrar na quinta-feira e domingo próximos. Também temos uma nocturna musical no Soutocico no próximo sábado a que não poderemos faltar.

Alipio Lopes

publicado às 21:24

FUGA A CHUVA NUMA MANHÃ DE VERÃO

por Trilhos Sem Fim, em 23.06.14

Éramos somente cinco os trilheiros disponíveis dado que uns foram com os amigos dos CHOU; outros foram a CDS (e por isso não houve filme nem fotos que não umas simples selfies surrelfas); outros ainda estarão a recuperar da fabulosa aventura que foi irem a Santiago de Compostela em autonomia (destes cinco somente o Claudio e o David estiveram hoje no PR na hora do costume) e, ainda, a ausência do nosso representante no campeonato do mundo no Brasil (RG) que hoje arrisca mais uma desilusão, ou talvez não...

Para não variar muito decidimos ir até a Pia do Urso mas no Rio Seco percebemos que íamos entrar em zona de chuva e alguém alvitrou que o melhor mesmo seria irmos desviando para a direita fugindo a serra em direcção a Maceira.

Dirigimo-nos para a zona de Alcanadas e antes de termos a Batalha a vista dois enganos por caminhos desconhecidos e sem saída foram fatais pois desatou a chover copiosamente. Tentamos emendar e já próximo da Batalha um de nos sofreu um rasgo lateral no pneu dianteiro. A chuva amainou. Tentamos que o gel funcionasse e quando já estava decidido que o nosso companheiro iria por estrada percebeu-se, logo que montou, que teria que usar a câmara de emergência.

Chegados ao Casal da Cortiça optamos por nos dirigirmos a Santa Clara não sem, antes, provarmos um pouco do melhor que temos na freguesia de Parceiros.

Chegamos cerca das treze ao PR com 54 kms, 800 de acumulado e uma média ligeiramente superior a 15 kms hora. E já todos tínhamos secado. Somente um de nós foi previdente ao levar protecção para a chuva sem ter conseguido ser suficientemente solidário ao ponto de não ter hesitado usa-lo... Pesa muito pouco e e extremamente útil sempre que necessário!

 

Alípio Lopes

 

publicado às 00:13

Santiago de Compostela 2014 - Caminho da Costa

por Trilhos Sem Fim, em 16.06.14

Dia 1 (08.06.2014) – S.Pedro  Rates (PT) – La Guarda (SP)

 

 

Tinha sido combinado a saída às 5h da manhã, de Leiria, saída que acabou apenas por se concretizar bem mais tarde devido a duas “belas adormecidas”. Mesmo que o tempo de viagem permitisse dormir, a animação e troca final de impressões acabou por nos ocupar sem que o “João Pestana” nos visitasse. Chegados a São Pedro Rates, local eleito de saída, das peregrinações anteriores do grupo em 2012 e 2013 pelo Caminho Central, foi tempo de tomar a tradicional “bica portuguesa” - de que viríamos a ter saudades nos dias posteriores, e de contar a nossas intenções ao balcão a quem nos perguntava. Posteriormente seguiu-se a descar ga, afinação final das bikes e trailers.

 

O grupo composto por:

Artur Fernandes – Treck Top Fuel aluminio R26” + suporte alforge XCM;

Cláudio Costa – Treck Ex fuel carbono R26” + trailer Qeridoo R16”;

David Armindo – LP X-control 510 Scandium R26” + trailer Extrawheel R26”;

Hugo Brites – Treck alumínio R26” + suporte alforge XCM;

Rogério Monteiro – Scott carbono R29” + trailer Qeridoo R16”

 

Passava das 9h, quando iniciamos a aventura. Seria a primeira actividade do grupo em autonomia, e sendo a 4ª Peregrinação a Santiago, seria a primeira vez que se faria o caminho da Português da Costa (CPC), sendo que o Caminho Central (CC), havia sido feito em 2011 e 2012 e o Caminho Português do Interior em 2013.

Assim em Rates encontramos o painel indicativo que separa o CPC, do CC, e seguimos as indicações que nos levariam à costa, rumo a Esposende. Passados poucos quilómetros, depois de estradão e caminhos agrícolas, foi necessário passar por zonas ainda com muita lama e poças de água, que não deixavam alternativa senão passar pelo meio. Percebemos que a dificuldade do percurso iria gradualmente tornando mais difícil manter o ritmo, nomeadamente para os atrelados. O percurso reservava a transposição de zonas com pedra, quer em subidas quer em descidas. Passado Esposende seguimos indicações amarelas, até Vila do Conde e daí rumo a Caminha.

Não obstante a razoável boa marcação (nem sempre visível para quem segue de bike), o GPS foi sempre um óptimo apoio, nomeadamente nas zonas urbanas, onde as indicações por vezes escasseiam. Contamos com o GPS ao longo dos dias como instrumento de previsão do que iriamos ter pela frente, para decidir paragens de almoço e de dormida, tendo em conta distâncias e altimetria.

A nossa intenção era ficar pelos 75Km, no primeiro dia dormindo no Albergue de Caminha, no entanto aí chegados pelas 17,30h confirmamos aquilo que já antevíamos, que o Ferry que faria a travessia de Caminha a La Guarda não estaria ao serviço. As razões políticas apontadas transcendem o comum dos peregrinos, mas que nos obrigariam a ir a Vila Nova de Cerveira para passar a ponte para Espanha (+/- 27Km), para chegar a La Guarda (na margem oposta de Caminha).

Ainda procuramos falar com pescadores para fazer a travessia, mas percebemos que não seria viável.

O problema que nos foi posto seria, fazer os 27km adicionais no dia seguinte, que já se esperava longo com 102Km (La Guarda – Pontevedra), ou fazer nesse mesmo dia a travessia. Decidimos fazer nesse mesmo dia a travessia até La Guarda, tendo chegado ao Albergue em percurso rolante de estrada, com um total do dia 1 de 105Km, com o acréscimo de 1hora, pela mudança horária.

O Albergue da La Guarda é parte de um antigo colégio, com óptimas condições. Ficamos aí apenas com mais 2 peregrinos ciclistas espanhóis. O controlo no albergue é feito pela Polícia, sendo necessário telefonar à chegada para o número de telefone indicado na porta do Albergue.

Foi tempo de banhos, jantar nas imediações, e dormir. Fomos brindados todas as noites com uma orquestra sinfónica, por parte de 3 dos 5 trilheiros.

Vimos ao longo do dia 2 que tínhamos feito a melhor opção, na travessia antecipada para Espanha… Mas isso será referido no relato do dia 2.

 

Resumo dia 1 – Paisagens deslumbrantes, com algum grau técnico. Verificamos que tínhamos feito uma boa opção em ter iniciado o caminho em Rates, aproveitando o melhor que o percurso tem, deixando para trás a confusão e caminho rolante que nos traria do Porto. Despender de menos tempo durante o dia nos períodos de refeição, também ajudou no fim do dia à opção tomada.

 

 

Dia 2 (09.06.2014) – A Guarda (SP) – Pontevedra (SP)

 

Já passava das 8h (hora combinada de saída), quando nos pusemos a caminho. O bom pequeno-almoço foi tomado no albergue, com coisas que tínhamos levado e com pão comprado no dia anterior.  

Problemas na leitura do ficheiro track, da memória do GPS, fizeram com que poucos metros após a partida parassemos numa oficina auto, para pedir o uso de um computador, para mover o ficheiro para o cartão de memória, do aparelho, permitindo assim a leitura do ficheiro e assim que pudessemos usar este importante suporte de apoio.

 

Dirigimo-nos a Bayona, sempre beira-mar, em trilhos, mas sobretudo através da ciclovia atlântica (aprox.30Km), muito rolantes e sem vento contra. A partir de Bayona, rumo a Vigo o percurso entrou em zona de serra, tendo começado a aparecer as primeiras dificuldades de pedra. Nesse dia encontramos um grupo de 16 BTTistas de Braga, que acabamos por passar, apenas reencontrado os mesmos no fim do dia seguinte, já em Santiago de Compostela.

Nem mesmo os mais de 1000m D+ do dia anterior nos tiraram o vigor, pelo que mesmo com os atrelados se foi subindo, tendo a pedra como principal obstáculo.

 

Foi através de serra e espreitando de quando a quando o mar, quando nos aproximávamos deste, alternando entre mar e serra, e assim passamos Vigo e posteriormente Redondela.

Valeu-nos neste dia o curto tempo perdido em refeições, sendo que quando a quando era necessário desmontar para passar alguns obstáculos, em subida/descida em terreno de pedra grande e abundante.

 

Chegamos a Pontevedra, ao albergue ao fim da tarde, ainda a tempo de ter um fim de tarde calmo, e de preparação de dormida, de lavagem de roupa, e de estudo da proposta alternativa de caminho para chegar a Santiago. A chegada foi feita com aprox. 103Km e 1560mD+.

Na junção do caminho da costa, com o caminho central, o albergue de Pontevedra tinha maior número de Peregrinos. Acabamos por dormir em colchões no chão.

 

Não obstante o cansaço desse dia, ainda houve capacidade para perceber a proposta feita pelo Hugo Brites com base na informação do Albergue, e de ao invés de fazer o caminho central previsto, e já feito em 2011 e 2012, de fazer o caminho espiritual – Caminho Salubrés, direcção à costa (Vila de Aroches), apanhando o barco até Padron e daí fazer os quilómetros restantes até Santiago. Apenas com uma opinião inicial contra, em unanimidade apostamos fazer esta variante. Foi tempo de fazer contactos através do albergue conseguindo assim assegurar, com um pescador, de nome Manolo o transporte de barco. Teríamos de estar em vila de Aroches pelas 13h devido às condições de maré cheia para subir o rio de barco.

Jantamos ali perto e dormimos, repetindo-se a sifonia noturna.

 

Resumo dia 2 – Paisagens deslumbrantes, com grau técnico maior após Bayona. Verificamos que tínhamos feito uma boa opção de despender de menos tempo durante o dia nos períodos de refeição, devido à redução do ritmo imposta pela altimetria e tipo de terreno após Bayona.

 

 
(Clicar na foto para SlideShow)

 

 

Dia 3 (10.06.2014) – Pontevedra (SP) – Santiago de Compostela (SP)

 

Neste dia saímos do albergue com mais de 30min. de atraso, em relação ao previsto (08:00h horário espanhol). Após várias tentativas de carregar tracks GPS localizados da net no dia anterior, por limitações informáticas do pc do albergue não conseguimos carregar os mesmos. Dado o atraso e a limitação das 13h para apanhar o barco, teríamos de confiar apenas nas marcas existentes no percurso, e fazer os 50Km e altimetria necessária até Vila de Aroches, até essa hora. Foi a contra-relógio que apanhamos a 7km do albergue, à saída de Pontevedra, a sinalização desta via que é pouco frequentada. Felizmente a sinalização era frequente e boa.

 

Fizemos 23Km à beira rio, por caminho muito plano e rolante, serpenteando entre arvores e alternando entre margens – muito bom! Após veio a altimetria… subida a contra-relógio da serra que nos separava da costa. Perdemos ritmo e víamos a hora combinada aproximar-se sem que tivéssemos chegado ao destino. Pelas 13:16h chegamos à rampa de embarque, com mais de 50Km e onde estava um barco rápido, equipado com um potente motor Suzuki. Olhávamos à volta, quando vimos um pescador e Manolo, que não conhecíamos, e que tinha um braço ao peito. Imagine-se… tinha partido o braço  a fazer BTT, uns dias antes, numa queda da sua CUBE.

A boa disposição reinou desde o primeiro minuto, com troca de experiências e de piadas entre espanhois e portugueses.

Carregadas as bikes, os trailers e os bikers, seguimos com os dois pescadores, que nos explicaram as lides dos viveiros de mexilhão. No dia anterior tínhamos tido possibilidade de ver viveiros de lagostas desativados.

 

Paramos para ver um dos viveiros de Manolo, subindo sobre este e onde nos foi dada uma explicação sobre como a arte se processava. Muito interessante… pensávamos que aquelas estruturas flutuantes eram vedadas, e afinal…

Deslocando-nos próximo dos 60km/h, e divertidos com a velocidade da lancha sentimos um embate… Tínhamos danificado a hélice no embate com um rochedo. A trepidação excessiva do motor obrigava que parássemos (paragem feita numa ilha), para com recurso a um tubo, pedra e ao famoso alicate do Artur (Artur que participou ativamente na intervenção de reparação), se reparasse a hélice.

 

Reparação feita e de novo em movimento, fomos vendo os cruzeiros que se encontram distribuídos ao longo do rio, até nova paragem uns quilómetros mais a frente. Agora o fim de gasolina de um depósito obrigava a alternar para o 2º depósito, mas colocar o motor em marcha não se avizinhava fácil. Mais uns minutos e eis que o motor funciona finalmente, era hora de seguir até Padron. Todos estes contratempos levaram a atrasos, e pelas 15h ainda não tínhamos almoço à vista. Chegados a Padron foi a despedida do amigo Manolo, e hora de procurar o merecido almoço, que acabou por ser o mesmo restaurante de 2012.

Acabados de almoçar, e ainda à mesa, verificamos que o pneu traseiro da Treck do Cláudio estava em baixo. Não foi furo, apenas uma válvula desapertada. Após a tentativa de resolver com CO2 sem sucesso, passamos por uma casa de pneus, apertada a válvula, compressor, e pronto de novo em marcha.

Fizemos a subida de chegada a Santiago, já a tarde ia avançada. Chegamos a Santiago e tivemos a receção da já conhecida S.ra da loja dos bolinhos, queijos e licores. Sentimos desta vez a alegria da chegada, como da primeira vez. Era a primeira vez em autonomia.

A obtenção da Compostela, teria de ficar para o dia seguinte, dada a grande fila para o efeito e pelo fato de ainda termos de ir até ao Albergue de San Lazaro, do outro lado da localidade.

O jantar acabou por ficar perto do Albergue e a passagem por Santiago teria de ficar para o outro dia.

 

 

Resumo dia 3 – Paisagens deslumbrantes, sendo o percurso alternativo muito mais engraçado, que aquele que já conhecíamos e 2011 e 2012. Verificamos que tínhamos feito uma boa opção e foi uma experiência muito boa ter seguido aquela via espiritual – esta alternativa é equivalente em termos de quilómetros.

(Clicar na foto para SlideShow)

 

 

Dia 4 (11.06.2014) – Santiago de Compostela (SP) - Cee (SP)

 

Dada a impossibilidade de levantar a Compostela, no dia anterior, saímos do Albergue San Lázaro, após a preparação das bikes e de tomado o pequeno-almoço, com o objectivo de obter o documento logo cedo.

 

No caminho até ao centro de Santiago as 3 e atrelados, seguiram por caminho indicado pelo GPS, tendo os outros 2 seguido por outra via. Foi nesse momento que o eixo de engate do trailer do Rogério cedeu, eventualmente resultado das inúmeras pancadas já sofridas. Verificamos a perca de um freio. Algum improviso e uma serrilha plástica e conseguimos resolver, colocando-nos de novo em marcha. Chegados “A Oficina” verificamos que a fila tinha igual o maior tamanho do dia anterior. Não poderíamos esperar e por isso apenas carimbamos a credencial de forma a rumarmos cedo com destino a Olveiroa, já na rota de Finisterra.

 

Como pretendíamos regressar a Portugal no fim do dia seguinte (dia 5), quando chegássemos a Müxia, fomo-nos convencendo de uma ideia que já tinha surgido no dia anterior, de ao invés de ir apenas até Olveiroa, fazer mais 20Km e ir até Cee, reduzindo o tempo, altimetria e quilómetros do dia seguinte.

 

Tivemos algumas passagens por zonas muito engraçadas com singletracks em zonas de bosque, e junto de zonas ribeirinhas. O bosque à saída de Santiago é fenomenal, sombra muito boa em dia de sol e calor intenso. Mais um azar e um raio da roda traseira do Rogério quebra. Enrolando o raio partido noutro, lá seguimos.

 

Foi neste dia que enfrentamos o terreno mais difícil. Altimetria elevada e muita, muita pedra, e serra, muita serra. Tendo achado o dia 2 difícil, este foi pior. Na reta final, muita pedra de grande dimensão, solta e rolante. Descidas com este tipo de terreno, serão  para fazer com a bike à mão, até à bem poucos anos eram impensáveis serem feitas por alguns de nós em cima da bicicleta, quanto mais com atrelados e suportes. Efectivamente o material aguenta muito… e conseguimos passar Olveiroa e chegar a Cee antes do fim da tarde.

 

Foi o dia em que chegamos mais cedo, e procuramos albergue particular no centro, pois merecíamos depois do dia(s) que tínhamos tido. A opção foi boa, pois o Albergue oficial pouco mais barato ficava 4km depois da cidade. Vimos que Cee era um centro urbano com maior dimensão e muito mais interessante que Olveiroa. Foi aqui que tivemos o melhor período de relaxamento e que melhor comemos, a preço significativamente mais barato (Recomenda-se a Cerveceria Foxas).

 

Chegamos a Cee com uma altimetria elevada e um pouco mais de 80Km feitos.

 

Resumo dia 4 – Paisagens deslumbrantes, e diversificadas. Percebemos sobretudo neste dia que o percurso para bikes tem que ser necessariamente diferente do pedonal, nalgumas passagens – seguir simplesmente as marcações não é totalmente garantida a acessibilidade a bikes. É importante respeitar o track de forma a evitar dissabores, mesmo que não o percebamos na altura de indicações contrárias (GPS – Vieiras).

   O video

 

 

Dia 5 (12.06.2014) – Cee (SP) – Finisterra (SP) – Müxia (SP)

 

Ainda havia chouriço do stock, que tínhamos levado.  Mais um queijo, mais pão e leite comprado no dia anterior. Nada como reforçar o pequeno-almoço com todos estes ingredientes. Cláudio tomou conta da ocorrência (chouriço) munido da garrafa de álcool, isqueiro e frigideira. Muito bom!

Saímos do albergue, no horário previsto, com destino a Finisterra (Fim da terra) que distava 20Km dalí. Paramos em Finisterra no Concelho, onde entregamos um envelope para que a Finisterrana pedida, nos fosse remetida para casa. A “Oficina” só abriria às 13h e não poderíamos esperar. Queríamos ter este documento visto já termos ficado sem a Compostela este ano.

 

A chegada até ao marco que marca o Km 0,00, junto ao farol foi feita em subida comprida, em estrada partilhada com os “coches”. A sensação de missão comprida apoderou-se do grupo, na chegada aquele local, que é o fim do caminho para muitos peregrinos. Percebe-se na zona a envolvência e a mística daquele lugar. Foi tempo para pousarmos para a webcam, existente junto do farol, semelhante à existente em Santiago, e que continuamente emite imagens daquele local.

 

Fizemos fotos, uma cache e aproveitando o declive descemos até meia encosta para abastecer água de uma fonte – maravilha. Nesse momento reencontramos Filipe, um peregrino espanhol com que nos tínhamos cruzado no início do dia. Filipe tinha saído de Bilbao há 8 dias, com o seu atrelado BOB e nos acompanhou até ao fim da nossa peregrinação (Müxia), que para ele representava apenas o meio caminho, visto que regressaria de “bicis” até Bilbao.

 

Os 31Km que nos separavam de Müxia, foram feitos por serra, e já com o sentimento do cansaço acumulado nas pernas. Queríamos chegar cedo, pelo que nos mantivemos sempre em movimento. Já com apetite e passando a hora de almoço, encontramos uma casa particular que publicitava o “selo” para a credencial.

 

O caminho Finisterra –Müxia não passa por zonas muito comerciais, pelo que aquela paragem naquele local soube muito bem. Além do “Selo” aquela casa particular oferecia uma mesa com sombra, e um frigorífico com bebidas, onde pela troca de 1€, nos poderíamos servir. O dono da casa veio ao nosso encontro, provou da chouriça (aluguer do prato que lhe pedimos para a preparar), que o Cláudio voltou a confeccionar, com álcool para acabar com a raça.

 

A já pouca comida que levávamos foi partilhada entre todos e assim renuímos forças para a ultima etapa.

A chegada a Müxia, à beira mar, foi saboreada como uma vitória individual de cada um de nós que tinha conseguido cumprir o objectivo dos 413Km, e colectiva pelo orgulho de levar o nome do grupo TSF (Trilhos Sem Fim) nas camisolas numa odisseia que tinha tido origem há um conjunto de meses.

 

Depois das fotos de chegada, procuramos um albergue que guardasse as nossas coisas e onde pudéssemos tomar um duche (após nos banharmos no Mar ca Costa da Morte - Onde morre o  Sol – de acordo com os Celtas).

 

Banho no mar e duche no albergue tomados, eis que chega o Sr. Helder com a carrinha, já com perto de 600Km feitos, para nos ir buscar. Carregamos as bikes, trailers e bagagens, e ainda pudemos fazer a visita guiada ao nosso motorista, a Müxia.

 

O regresso terá sido algo monótono para o nosso motorista, pois os passageiros foram dormitando durante a viagem. O jantar foi feito, na viagem de regresso a Leiria, já em Portugal no restaurante já nosso conhecido “Ninho de Andorinha” – que nos foi dado a conhecer pelo companheiro Nuno Costa na peregrinação do ano anterior.

 

Obrigado em particular aos companheiros de viagem, pela camaradagem!

 

Até a próxima aventura!

 

D'Armindo

publicado às 10:26

Trilhos Sem Fim, mais um domingo na Serra da Maunça

por Trilhos Sem Fim, em 15.06.14

 Clicar na foto para slideshow

publicado às 19:13

DIA DE TSF A SANTIAGO E A PIA DO URSO

por Trilhos Sem Fim, em 08.06.14

No exacto dia da partida dum quinteto dos Trilhos Sem Fim em direcção a Santiago de Compostela e com muita gente impedida de alinhar pelos mais diversos motivos apresentaram-se no PR Rui P, Luís C e Alipio L para completaram mais de quarenta quilómetros em direcção a Pia do Urso onde, no sítio do costume, o Rui pagou os cafés a reveria do seu aniversário na passada quinta-feira. Esta troika, ou este triunvirato, para não ficarmos tão somente pelos três da vida airada (que, afinal, foi o que fomos durante a magnifica e fresca manhã deste verão atípico), passaram na ida e no regresso pelas Fontes. Na ida pelo trilho mais difícil que por ali existe e desemboca no Trilho dos Costaneiros e na volta saímos pela pedreira do Reguengo com passagem pelo Rio Seco. No alto da pedreira posamos em posição "selfie" devido a ausência do nosso repórter Artur que vai a caminho de Santiago. Com todas as reduzidas paragens incluídas chegámos ao ponto de partida exactamente ao meio-dia conforme era desejo das partes. No final concluiu-se a análise as doenças da bike do Rui que anda ansioso pela eventual chegada duma vinte e nove novinha em folha!

Segundo o Luís esperam-se voluntários para a manhã da próxima terça. 

Antes de terminar desejar um "buen camino" para os nossos companheiros peregrinos!

Alipio Lopes

publicado às 20:12

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Sobre nós

Neste blog um grupo de amigos irão falar das suas vivências tendo como fundo uns passeios de bicicleta. À conquista da natureza, ganhando saúde.


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