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Há meses que era nossa intenção revisitar a Serra, partindo do parque de merendas de Alqueidão da Serra. Pontualmente às 9 horas iniciámos a marcha. O grupo Trilhos Sem Fim, já numeroso, foi enriquecido por outro elemento, no qual depositamos grande esperança, o Vitor.
Saímos do parque de merendas por um pequeno carreiro, entre os arbustos, ladeado por vegetação abundante, próprio desta época do ano, a Primavera. Ainda com a força muscular carregada no máximo, facilmente ultrapassámos algumas pedras, que tornam o carreirito, um dos nossos preferidos.
Após alguns metros em estrada iniciámos a subida que nos deveria levar ao cume do monte. O desnível ia esgotando as nossas energias à medida que vencíamos cada metro. O calor intenso secava-nos os lábios e aumentava o rigor da subida.
Os mais velozes já descansavam à sombra fresca daquela pequena árvore, quando os mais lentos chegaram. A vista sobre o horizonte era esmagadora, exuberante, uma beleza a não perder.
Retemperadas as forças avançamos por um trilho com muita pedra que nos obrigava, uma vez ou outra, a sair da bicicleta e a pisar a vegetação. Um deleite para os nossos sentidos, já que as pequenas e belas plantas do monte libertavam com mais intensidade os seu aromas. O aroma a alecrim e rosmaninho faziam-nos esquecer o esforço que vinhamos dispendendo.
Finalmente uma descida em estradão até ao vale. A velocidade rapidamente deu lugar à marcha lenta e esforçada que nos ia permitindo vencer a inclinação do vale e talvez chegar ao cume. A vista era bela. A montanha em anfiteatro aumentava ainda mais a nossa sensação de miserável bttista a tentar vencê-la.
Exaustos, quatro dos companheiros tiveram que regressar. Uma importante sensação de perda se apoderou deles. Facilmente foi vencida pelo prazer do vento fresco na face, tal era velocidade que atingiram na descida até Porto de Mós.
O restante grupo venceu a subida e pode apreciar lá no alto, por cima da Fórnea, a beleza extasiante daquele pedaço da Serra de Aire e Candeeiros.
Os problemas técnicos estiveram presentes e quase mancharam o passeio, mas fica para sempre na nossa retina aquela vista sobre a Fórnea e nas nossas narinas o aroma a flor do monte.
Vamos lá voltar quando o tempo estiver mais fresco e o nosso novo companheiro tiver os músculos melhor preparados.
Até Domingo!
Rui
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