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Quando soube que iriamos à Fórnea formou-se um misto de sentimentos: Voltar a ver aquela beleza impar, percorrer aqueles vales mudos mas cheios de sons, cheirar todas as fragrâncias que conseguirmos detectar, mas ao mesmo tempo subir algumas "terríveis" subidas que iriam pôr-nos à prova.
Eram 08 da manhã quando partimos para Porto de Mós, onde iniciaríamos mais um trilho "domingueiro". Começamos por percorrer algum alcatrão até Ribeira de Cima, entrando logo de seguida no trilho pelo vale. Começamos por percorrer esse trilho acompanhando por algum tempo um pequeno ribeiro que corria em sentido contrário - Sortudo: nós a subir e ele a descer :)
Aliado ao ar um pouco gelado que se fazia sentir, tivemos ainda direito a "molhar a meia" quando atravessamos o ribeiro.
Mais alguns quilómetros à frente fomos à procura da nascente do tal ribeiro e da muito falada cascatas.
Já à entrada da Fórnea, encontramos uma tímida cascata que teve alguns visitantes pousando para uma foto de grupo. Aqui, ainda tivemos tempo para voltar a apreciar a beleza de um fenómeno geológico (se quiserem saber mais, procurem no Google), e de alimentar um pouco esse vício de ir à procura de caixinha de plástico. Pois é, não poderia faltar a caça às Caches!
Deixando a Fórnea para trás, seguimos em direcção ao Vale da Canada, passando nas costas de Alvados. A ideia seria subir a serra e voltar à Fórnea pela parte superior da encosta. Assim, chegamos ao que mais temia: uma subida que parecia não ter fim. Quase conseguia ver a cor dos meus pulmões. No entanto, a rapaziada que já tinha chegado lá a cima, gritava para incentivar os mais atrasados. O que eles não sabiam, e fica aqui a confissão, é que durante a subida parei algumas vezes para recuperar o folgo e apreciar a vista magnifica que se prostrava à minha frente.
Chegado lá em cima, foi a "hora da banana" e de mais alguma coisa, como veremos mais adiante.
Já recuperados da "dura" subida, tivemos uma visita, ainda que fugaz, de um grupo de praticantes de Trail.
Terminado a pausa, lá iniciamos o trilho pela encosta. Este "single track" merecia algum respeito, fazendo com que o percorrêssemos com o nível de adrenalina e atenção no máximo. Do lado esquerdo tínhamos a serra, mas do lado direito uma ravina, que não sendo a pique, tinha inclinação suficiente para fazer rebolar alguém que caísse do trilho. Aliás, dois colegas chegaram a "tentar a sorte", para um deles não fosse um ramo de alecrim e poderíamos ter um "caso sério".
Estávamos próximos a chegar à Fórnea, desta vez por cima, quando um colega deu por falta das chaves do carro. A tal "Hora da banana" trouxe-nos uma prenda inesperada: repetir o "single track, mas desta vez a subir (ok… era subida ligeira).
Achadas as chaves, lá fizemos o caminho inverso de volta para os carros.
Foi uma manhã que valeu o esforço...
Carlos Máximo
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