Um esclarecimento antes de mais comentários: Hoje quase não ouve quedas! A terem existido, foram escassas, o pessoal levantou-se, sacudiu o pó e seguiu como se nada, mesmo nada, tivesse acontecido. O assunto fica por aqui e não se fala mas disso!
Hoje saímos já um pouco tarde de Leiria e ainda fizemos uma paragem para o tradicional café. Chegámos aos Vales do Cercal e, orientados pela Edite e pelo Licínio, logo nos dirigimos ao trilho que nos levou a uma pequena descida que serpenteava por entre os pinheiros e os fetos. O grupo em uníssono reclamou, e com razão. Pela primeira vez iniciámos um passeio a descer. Estando nós habituados a subir, como é que isto poderia ter acontecido? Algo de muito grave estava, certamente, para acontecer!
O percurso não era difícil, mas exigia algum cuidado, sobretudo devido às depressões abruptas do terreno, que à menor distracção poderiam provocar, muito remotamente e muito pouco provavelmente alguma quedazita sem importância.
Foram cerca de 15 km com subidas e descidas, acompanhados por uma paisagem exuberante. No ponto mais alto do Cercal avistava-se toda a floresta envolvente que mostrava o tom verdejante da vegetação, que era abundante. Era floresta a perder de vista. Passámos por trilhos apertados ladeados por muito pinheiro e pudemos refrescar-nos e diminuir os efeitos do sol que teimava em aparecer por entre nuvens escassas. Cada nuvem que obscurecia o Sol proporcionava-nos a satisfação de sentir a passagem de uma brisa suave, mas fresca.
Sem nunca desmotivar fomos vencendo cada metro. Passámos por caminho perdidos no bosque, dos quais nunca tinha ouvido falar.
No fim de cada subida, uma descida maior. Foi dos melhores percursos que fizemos se tivermos em atenção a quantidade e qualidade das descidas.
Pedalámos sem medir esforços, desviámo-nos de cada pedra, de cada arbusto, de cada silva, mas o Ricardo não se desviou do Sérgio. Bolas…, não se fala mais disso!
Outra descida! Lá bem do alto avistava-se o trilho a serpentear colina abaixo. Descemos freneticamente. Para trás ficava o pó levantado do solo, agitado pelas rodas das bicicletas.
Junto do grande lago, cada um se deliciou com o seu reforço alimentar e todos nos deliciámos com as bolachas do Sérgio.
Alguém partiu a corrente! Entre a vegetação, foi a oportunidade que todos tiveram de socializar e aumentar a força do grupo.
No final, com as famílias à espera para a refeição de Domingo, decidimos terminar o passeio. Precipitou-se o regresso a casa, sem termos visitado o Ninho da Águia, mas fica a promessa da visita no futuro bem próximo.
Mais um bonito passeio!
Rui