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Às 5 horas da matina do primeiro dia estávamos todos a rolar, estrada fora, em direção ao largo da Sé de Viseu.

Os apóstolos foram doze e nós, os Trilheiros, também. Não tínhamos guia mas gozávamos do privilégio de ter um duo de apoio fantástico e impagável.

Tal como os apóstolos atravessaram os mares da Palestina também nós fomos obrigados algumas vezes a socorrermo-nos das pedras designadas de poldras para atravessar largos e paradisíacos cursos de água.

A chegada a Viseu aconteceu, conforme previsto, cerca das 7.00 horas com um pequeno-almoço oferecido pela Casa da Prisca a solicitação do Trilheiro Rui L e foi servido pela sua família que se deslocou de Trancoso ao nosso encontro. Ele havia de tudo: desde enchidos de elevada qualidade a bom pão e bolas devidamente regados com café, sumos e capucino!! As sobras, saborosas sobras, foram acondicionadas pelo nosso staff e foram sendo consumidas quase até ao final da aventura. Bem hajam os responsáveis da Casa da Prisca.

Antes da partida de Viseu, após as 8.00, ainda houve tempo para algumas fotografias da praxe e para trocarmos algumas palavras com um pequeno grupo de bbtistas que dali saíam para fazerem o mesmo percurso mas em completa autonomia com mochilas de respeito às costas e que pesariam cerca de dez quilos! É obra. Se a coisa não se revelou fácil com apoio, imagine-se só fazer a peregrinação em autonomia.

Às duas horas almoço em Castro Daire no Restaurante Terminal, propriedade de um colega que leva o btt muito a sério, com grande animação e saída às três.

As primeiras quedas ocorreram logo da parte da manhã e foram protagonizadas pelo Rogério M, primeiro e pelo Alípio L, depois. Apesar dos sustos não passou disso mesmo. Por ocasião da segunda queda encontrámos os primeiros peregrinos pedestres, um jovem casal.

Na parte da tarde, deste primeiro e atribulado dia, estoirou o pneu dianteiro do David A que logrou largar a bicicleta com elegância destreza e desatou a correr para a frente, deixando a burra para trás. Caminhou com a companheira de aventura à mão, e durante cerca de um quilómetro, até a uma estação de serviço onde o Artur F, mais uma vez, demonstrou tudo o que sabe de pneus. Antes disso duas garrafas de CO2 foram usadas mas sem resultado.

O caminho estava mal marcado, ou algo confuso, na saída de Viseu (o que é de estranhar nesta terra com tantos pergaminhos na informação rodoviária) e geralmente bem marcado até Castro Daire. Antes de chegarmos a Penude, onde pernoitamos, foram inúmeras as indicações erradas e as confusões geradas entre estas e as novas tecnologias dos gps que, em boa verdade, nos deram proveitosa ajuda pese embora a renitência de alguns em aceitarem ser conduzidos por estas coisas.

Depois de Mões, quando faltavam cerca de 15 kms para chegarmos, e porque a dureza da aventura se revelava muito elevada, Artur forneceu bisnaga milagrosa de magnésio a um atleta que estava a sofrer de cãibras e que passados não mais e dez minutos estava fresco que nem uma alface...

Jantar no salão da junta de freguesia de Penude abrilhantado por um “acordeonista” pimba chamado JBC e acompanhado por um tal Samsung que foram contratados pelo Rui G talvez oferta de uma dos nossos patrocinadores sargentos - porque foi isso o que decretou o Cardinhos farto de só ouvir falar em oficiais para aqui e para ali e nunca de sargentos aqui ou acolá.

Neste albergue extremamente espartano tivemos a companhia de um grupo de ciclistas de Gaia e dormiu-se em chão de primeira, com colchões de ginásio de segunda e o inevitável saco cama que nos transfigura a todos em chouriços dorminhocos.

Artur F esfarrapou uma perna a atravessar o tal leito largo de um rio sem ponte mas com umas pedras altas de metro separadas entre si, para passagem das águas, entre trinta a cinquenta centímetros e designadas popularmente como poldras.

Para quem não entender que tenhamos despendido tanto tempo para perfazer 80 kms com um acumulado superior a 2400 metros deve referir-se que foram localizadas, identificadas e marcadas mais de um quarteirão de “geocaches” pelo inevitável Cláudio C que fez as delícias de Artur F e Cardinhos e deixou pelos cabelos os nossos jovens trepadores e, também, por termos percorrido alguns pequenos trilhos errados por preguiça dos Gps que tinham o sistema de aviso de desvio de rota inoperacional.

Dormiu-se bem, e choveu muito durante a noite...

Ao segundo dia, alvorada às seis e trinta da manhã. Seis elementos de outro grupo da Maia que dividia o espaço connosco, e se deitaram mais tarde, acordaram antes do tempo mas de facto, quando entraram e já dormia a maioria de nós ninguém deu por eles. Também é verdade que eram menos… Se acontecer lerem este relato apresentamos-lhes as nossas desculpas.

Tempo húmido, quase chuvoso, à saída mas que veio a melhorar gradualmente sem que tivesse ocorrido molha. O vento frio fez-se sentir várias vezes e particularmente nos inúmeros pontos mais altos que foram sendo sucessivamente vencidos com maior ou menor dificuldade.

De Penude até ao Peso da Régua foi sempre a descer e com cada uma que obrigava a recuar francamente o traseiro e a gastar calços de travão com força. Ocorreram descidas e subidas de escadarias, por vezes de forma contínua, sempre com as meninas às costas.

Nas descidas para o Peso da Régua usufruímos de um louco “single track” que terminou numa ribeira que corre para o rio Varosa e que desagua, mais abaixo, no afamado e deslumbrante Douro; depois dessa descida tempo para uma fotografia sobre uma vetusta ponte semicircular e em bom estado de conservação, outrora passagem de comboio da linha do Tâmega(?).

Durante todo o dia pedalamos deslumbrados com a beleza das paisagens do Alto Douro Vinhateiro que também tem nas suas entranhas mais profundas, hortas, feijoais e batatais magníficos e verdejantes.

Do Peso da Régua para Santa Marta, Lamego (Bom e animado almoço no centro da cidade), Vila Real e albergue em Parada de Aguiar foi um constante e desgastante sobe e desce em que tanto subidas quanto descidas eram-no sempre, na verdadeira aceção das palavras, dignas desses mesmos nomes. Mesmo quando tinham que ser vencidas a penates foram esgotantes. Se ontem fomos obrigados a saltitar, bicicleta em ombros, por cima de uma larga extensão de poldras, hoje houve que fazer várias vezes equilibrismo em paredes altas de xisto e granito que chegaram a causar alguma vertigem a alguns dos mais suscetíveis. E assim foram vencidos mais de 2000 metros de acumulado.

Tanto hoje quanto ontem, como inicialmente referido, houve várias correções de rota e manifestas incompatibilidades entre algumas indicações físicas e os tracks de que dispúnhamos e foram colhidos em blogues. Também os conflitos entre a emoção do nosso foto-repórter e a razão do nosso engenheiro de sistemas acerca da utilização de Gps foram em tudo semelhantes aos do primeiro dia.

Ainda houve tempo para, já no final da etapa, na ecopista em Vilarinho de Samardão, vermos o início de um Fogo e o incendiário a sair do local que nos era visível mas inacessível. Informamos bombeiros de Vila Pouca de Aguiar que dispensaram a nossa informação de coordenas de Gps porque... ainda não usam. E conseguimos, mais adiante, intercetar o incendiário mas pouco pudemos fazer perante a sua recusa em aceitar reconhecer o óbvio. Como tínhamos um objetivo longínquo seguimos viagem.

Visitámos o único café da aldeia devidamente acompanhados da gaita do Rui G nas mãos do Artur F que foi um enorme sucesso e causou grande reboliço. Jogámos matraquilhos entre nós e com os poucos jovens da aldeia.

Jantámos no recomendável albergue de Parada de Aguiar que tem excelentes condições de acomodação para dez pessoas e possibilidade de albergar os nossos catorze elementos com o recurso aos colchões/colchonetes sob os sacos cama.

À meia-noite já só o escrivão estava acordado e a alvorada haveria de ser às sete da manhã. Foi dia de 90 kms e 1100 metros de acumulado.

Ao terceiro dia pequeno-almoço no café Celidoce, passagem por Melgaço e Vidago e almoço em Chaves. Após almoço ainda houve piso rolante até Verin (terra de água e vinho, o que torna muito suspeito o vinho).

Muito suave a primeira parte, paga com elevados juros na segunda. Foram sete quilómetros permanentemente a subir. Até os craques ficaram queixosos e moídos. Chegada à hora habitual ao excelente albergue de Trasmiras.

Jantar no albergue com sobremesa de um balde de cinco litros de pipocas acompanhadas por delicioso licor caseiro da autoria do companheiro Hugo B.

A propósito de albergues é bom sublinhar-se que têm vindo a subir de nível desde o primeiro dia. De facto o albergue de Penude e tão simples e espartano que se tornava fácil que os próximos viessem a ser melhores, e assim foi.

No final desta etapa e em jeito de compensação pela dureza da subida já referida fruímos de um magnífico single track que fez as delícias de todos.

 

Quarto dia: Alucinante. Julgava que iria ter pouco que relatar e eis senão quando, por artes do demo, imprecisões de Gps e indicações confusas não fizemos os quilómetros previstos mas 114 kms. Foi muito de qualquer modo, e tanto que somente dois ou três dos doze elementos do grupo tinham algum dia superado essa marca (pese embora muitos terem estado próximos disso).

A travessia do bosque de Sanábria foi alucinante em singles muito velozes e subida de paredes muito complicadas e com vários quilómetros a trepar de forma ininterrupta.

Não há muito mais a registar porque as quedas que ocorreram foram extremamente suaves e nem são dignas de nota tendo algumas até feito rir os seus protagonistas, como foi o caso do Cardinhos.

Não me ocorrem os nomes de todas as localidades que atravessamos mas em todas fomos acarinhados e recebidos com simpatia inusitada e desde há muito reconhecidas às gentes desta região de Espanha.

Passámos por localidades e pontes romanas de grande beleza sendo digna de registo pela sua grandiosidade a mega ponte de pedra em Orense.

Quinto dia, já ninguém quer saber de nada nem sequer de dores do traseiro. Tempo para encontrarmos um grupo familiar de cinco ciclistas portugueses emigrantes na África do Sul que tinham partido de Chaves em bicicletas alugadas e que foram sendo nossa companhia durante algum tempo e nossos convidados, melhor!! , convidados do Artur F que com todos comunica com facilidade reconhecida a beneficiarem do apoio do nosso staff e em conversarem um pouco à volta das nossas carrinhas, beberem refrescos e comerem fruta.

Posteriormente, e já a um tiro de Santiago de Compostela viemos encontrar um casal de peregrinos pedestres conhecidos dos Trilhos Sem Fim (ambos enfermeiros no HSA em Leiria) quando procedíamos à recolha de um carimbo num albergue de passagem.

Também antes de chegarmos ao nosso ansiado destino passámos por um grupo de cavaleiros de Bragança com quem inevitavelmente o nosso companheiro Artur F haveria de trocar impressões dado serem seus filhos da terra. Tinha ficado prometido cavalgarmos em Santiago mas nunca mais lhes pusemos a vista em cima.

Os 383 quilómetros e cerca de 8000 metros de acumulado previstos acabaram em 427 quilómetros e 9270 metros de acumulado em cinco dias.

Chegados à cidade impressiona o bulício em todas as direções de peregrinos de todo o género e os passantes que nos estimulam ainda com a saudação de “Bom Camiño” mesmo quando estamos a escassos metros da entrada na Praça da Catedral. Aí chegados foi uma enorme festa com as pessoas que ali se encontravam a aclamar-nos de Campiones!! Fantástico. Um montão de fotografias e as namoradas e esposas de alguns de nós a verem-nos em direto no Google.

Visitámos a Catedral como mandam as regras; obtivemos a compostellana e jantámos no centro histórico.

Ficou a sensação de que ainda falta quase um ano para a próxima aventura!!!!

E já se fala no tradicional caminho litoral com ida até Muxia e Finisterra. Venha ela…

Alipio

 

* * Álbum de fotos actualizadas com todas as fotos * *

 

Também em meo Kanal 490904

publicado às 20:09


10 comentários

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De Artur Fernandes a 16.06.2013 às 21:41

Uma pequena resenha do que foi os cinco dias passados...
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De Cláudio Costa a 16.06.2013 às 23:37

Alípio, excelente relato dos 5 dias de aventura.
Obrigado a todos os colegas, patrocinadores e ao nosso excelente staff.
Quanto às fotos, estão a fazer upload , mas são 1224 e vai demorar, no final actualizo este post com o novo álbum.
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De ACLopes a 17.06.2013 às 00:35

E com as contas que faltam, como e?
Já agora pergunto ao Cláudio (e restante pessoal) se viram as minhas Nike velhinhas.
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De Cláudio Costa a 17.06.2013 às 11:14

Quanto às contas, as do meu lado estão apuradas e o Armindo está a apurar as dele!
Quanto ás Sapatilhas, não ficou nada na carrinha do patrocinador.


PS: Caso não tenham reparado as fotos já estão todas no site, a ordem sequencial delas como sempre e próprio do sapo fotos ficou invertida!
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De DArmindo a 17.06.2013 às 15:09

Muita dureza e muita beleza!
O caminho de Santiago feito nos anos anteriores ao pé deste é um passeizinho. Mas valeu a pena, pois ficou a sensação da surpresa, das descidas alucinantes e dos singletrak, com que éramos constantemente surpreendidos.
No dia a seguir já havia um sentimento de saudosismo.
 
Ótimo relato Alípio. As sapatilhas não ficaram na carrinha Mercedes.


Alguém viu um tuperware transparente com tampa azul, do bolo de chocolate, do pequeno almoço do 2ºdia? Acho que estava numa mala térmica do staff.


As contas estão feitas e vou enviar ao Cláudio para compilação.  


Regresso às voltas no próximo domingo dia 23.06..


Boa semana! E a próxima aventura... Vamos a ela :)
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De Cláudio Costa a 17.06.2013 às 18:38

DArmindo, o tupperware está comigo.
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De Rui Gaspar a 17.06.2013 às 20:20


Realizado mais um grande desafio a que os TSFs se propuseram, 5 dias a pedalar, mais de 400 Km. Todos os TSFs ultrapassaram os seus records de bttistas.
Fica para nosso curriculum mais um diploma de Santiago e para memória de vida , 6 dias muito bem passados a pedalar na companhia de amigos que gostam de BTTar e descer trilhos por vezes com velocidades qiçá nos limites. O nosso redator Alipio está de parabéns pelo bonito relato desta peregrinação. Que venha a próxima.
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De José Cardinhos a 17.06.2013 às 22:11

O relato de seis dias mostra um pouco o que foi esta aventura, para contar tudo seria necessário muito mais, os meus parabéns ao redactor.
Quero deixar aqui publicamente o meu agradecimento a todos que fizeram parte deste caminho, foram excelentes nos bons e menos bom momentos passados, obrigado pela vossa companhia, ajuda e camaradagem. Bem hajam.
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De Rui Leitão a 19.06.2013 às 21:34


boa noite, realmente foram"6dias 5 noites" fantásticas, quero so fazer a ressalva de que o pequeno almoço foi oferecido pelos meus pais, a casa da prisca apenas o complementou... quero agardecer a todos os que participaram nesta aventura, em mais uma aventura dos TSF, quero tb agradecer ao HM e ao LC que emprestaram os seus jerseys... o do HM rebola que é uma maravilha...

para o ano há mais... obg!!!!

não foi buommmmmm!!?????
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De Alípio L a 19.06.2013 às 23:37

As minhas desculpas a Familia Leitao mas não foi intencional. Simplesmente fica provado que há nomes que se memorizam melhor que outros e acabam por usurpar espaço mental disponível... Casa da Prisca não soa mal e memoriza-se bem. Em minha defesa alego, o que e verdade: não terei sido suficientemente informado e no inicio deixara-se algumas reticências no ar. Paciência, para o ano se houver patrocínio da Familia Leitao já não ocorrera engano. Será também uma boa oportunidade para nos reencontrarmos e saldarmos estas contas...

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