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Religião Single Speed a caminho de Alqueidão da Serra
Em dia de peregrinação e como acontece religiosamente reuniram-se 12 trilheiros “com” fim de ir à missa dos calhaus e terra. Atrasados 10 minutos e com medo das represálias do padre seguimos viagem. Sorte a do Pedro Santos já vir com o jersey vestido se espera-se a camisola do Cáudio Costa ia sofrer um pouco com o frio que se fazia sentir. Tempo nublado, alguma humidade, piso seco estavam criadas as condições para uma manhã bem passada, não o ideal para curar a constipação do repórter. Rodas apontadas a Alqueidão da Serra seguiu-se por alcatrão para aquecer as pernas. Esperavam-nos trilhos de terra batida, de cascalho, de pedra, com folhagem, uns mais rápidos outros mais técnicos, fantástico para quem no último ano só tem sentido o cheiro da terra a correr. Em jeito de confissão eu e o Joaquim Santos partilhámos a mesma opinião, que se lixe a corrida! Nada se compara ao gozo de andar de BTT. Acontece que pelo caminho o desviador traseiro do Rui Gaspar resolve pedir a reforma antecipada, não deve estar a par das últimas notícias, colocam-se zip ties e temos mais uma single speed no grupo. Desengane-se quem pensou que o Rui seria um peso na volta, acontece que o single speed é mágico! E lá ia, penitenciando-se pelas subidas a marcar o passo ao pelotão. Espera-se que na próxima vez apareça com uma sucata qualquer, sem suspensão e sem mudanças, que para bem dos seus ossos e articulações não aconselho. Sem termos ido rezar mas decerto com a proteção da Madonna del Ghisallo chegámos ao parque radical.
Balanço: Energias a 100%, 2 quedas em jeito de cumprir uma promessa e um convertido à religião single speed.
Paulo Chá-Chá
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