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Trilhos Sem Fim - preparar o Natal, festejando

por Trilhos Sem Fim, em 22.12.13

Dezasseis eramos os trilheiros que se concentraram à hora aprazada no Parque Radical. Antes da saída houve lugar à apresentação e demonstração da bicicleta desdobrável do David que, ao arrumá-la, por infelicidade deixou cair a pedaleira de plástico rígido no chão que, logo ali, ficou irremediavelmente partida. Parecia que assim era “decretada” a sina deste dia capicua do mês doze do ano treze. Não é por nada, mas, pelo sim pelo não, há muita gente que não gosta destas coisas de trezes. De facto, não podemos considerar que tenha sido ano de grande sorte e muitos de nós estão desertos para o verem pelas costas e longe!

Rumámos em direcção à Barreira e deambulámos trilhos abaixo, trilhos acima, pelas encostas escorregadias entre o Reguengo e as Fontes até percorrermos quarenta quilómetros e novecentos metros de acumulado.

Ainda dez quilómetros não haviam sido percorridos quando o Fernando, o nosso único repórter de serviço, teve que retirar por ter ficado com o cepo da transmissão completamente inoperacional. Abandonou o grupo em direcção a casa na companhia doutro companheiro dado que trilheiros ajuizados não se deslocam sozinhos mas em grupo. Passámos a ser catorze.

A meio da manhã o Leonel, que raramente usa mochila, exibiu o que levava às costas: um Bolo Rainha e uma garrafa de Favaios para comemorarmos num muro apropriado para o efeito o 37º aniversário da esposa, e nossa companheira, Paula Pita que, para além de ser a única mulher do grupo no activo é também um dos mais jovens elementos: pouco mais de metade da idade do menos jovem dos trilheiros!!!

Mas havia mais na nossa agenda matinal. O Paulo Chá-Chá, o nosso homem do single-speed, tirou o dia para limpar (melhor dizendo: começar a limpar!) um hectare de terreno na paradisíaca zona da Mata da Curvachia e ontem, via Face-book, tinha convidado o grupo a visitá-lo e degustar castanhas assadas e uma bela jeropiga. Cumprimos este saboroso compromisso e continuámos, subindo e descendo com pedras ressaltos e sobressaltos em direcção ao Parque Radical.

Mas, como até ao lavar dos cestos usamos dizer ser vindima e porque a sina do dia 13 ainda estava no ar, vieram ainda mais três percalços: primeiro foi o atravessamento de alguns dos caminhos no regresso que foram autenticamente lavrados e deixados cheios de rama cuidadosamente desarrumada pelos lenhadores que fizeram desbaste florestal recente e se estiveram, como é habitual, nas tintas para os outros (isto é uma pérola do património comportamental tuga…); de seguida numa daquelas vertiginosas descidas com muito vibroplate o Cláudio, que descia veloz atrás do Cardinhos, chegou a duvidar que o que via pudesse ser da qualidade ou da quantidade da jeropiga e não era porque de facto a roda traseira da bicicleta do Cardinhos bamboleava desgovernadamente devido ao estoiro de um dos componentes do quadro (a escora). De novo um companheiro a circular a pé em direcção à estrada mais próxima para aguardar por familiar que o veio recolher. E passámos a ser TREZE!!! (Veja-se o raio da coincidência. Será por isso que há quem diga que não acredita em bruxas mas lá que as há, há!) E ainda não tinha terminado por aqui a nossa saga pois o Rui Leitão chegou atrasado ao destino por ter tido problema grave no desviador.

Mas o aziago número treze não tem que significar somente probabilidade de azar mas pode também ser sinónimo de sorte. É esse o caso da chave do Totobola e foi também esse o nosso hoje, pois, para além dos muitos azares materiais, que não são de modo nenhum despiciendos, tivemos a sorte de não termos tido nenhum azar ao nível das quedas, se considerarmos que o espalhanço do Gonçalo Cordeiro no início do Trilho do Rio Seco não contou...

Finalmente, e porque esta crónica esteve para nem sequer ser escrita por determinação superior do nosso director que o sentenciou durante a primeira parte da manhã - devido à muito reduzida participação da maioria dos companheiros trilheiros no nosso blogue em torno dos textos, das fotos e dos filmes -, pode também ser, pelo menos temporariamente, a última se essa participação continuar a não ocorrer. Esperemos bem que não por diversas razões: porque se julga que este trabalho é muito importante para memória futura e particularmente porque ninguém gosta de trabalhar para o boneco (escrever, fotografar e filmar é trabalhar!). Eu não gosto! E ainda para mais quando alguns dizem que é fácil debitar (c****) lérias… E não é!

 Bom Natal para toda a família dos Trilhos Sem Fim e respectivas famílias (activos, inactivos, reactivos, interactivos e comatosos). E para os rabugentos também!

Está lançado o repto. Aguardam-se as reacções via MUITOS comentários…

Alipio Lopes

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publicado às 20:34


44 comentários

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De ACLopes a 23.12.2013 às 14:41

Eu juro que não fiz de propósito para publicar uma carrada de vezes o meu ultimo post a propósito do ARCO DA MEMORIA. Tenho é pouca prática disto do bloque, que não responde logo, e carreguei várias vezes no enviar mensagem e a sacaninha da net, que estava lenta, foi guardando em memória todas as minhas investidas sobre a tecla do enter... Vão ver que agora só irá haver uma publicação, eheheheheheh
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De Rogério Monteiro a 23.12.2013 às 15:16

Assim não vale, repetir vezes sem conta o mesmo comentário, é batota.
Agora fora de brincadeira. Então ninguém notou a minha ausência? Tanto esforço para os acompanhar, faço das triplas corações, e nem notaram que o "velhinho" não apareceu com grande mágoa, por se encontrar doente.
Em relação á falta de visitas, o facto de não comentar regularmente, não quer dizer, que não veja e reveja o que aqui se escreve.
Parabéns Alipio uma prosa digna de um verdadeiro escritor.
Quanto ao almoço de Natal, penso que o Natal é quando o homem quiser, ou seja pode ser em Janeiro ...ou Fevereiro.
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De DArmindo a 23.12.2013 às 15:53

Rogério, acredita que a tua falta foi sentida... Ao ponto do CC ficar para trás à espera do Artur e do Rogério...


Gostei imenso da volta. Pena os azares, mas as descidas valeram a pena.


Relativamente ao Arco da Memória, gostaria imenso de participar, mas no último domingo do ano terei de ficar por casa com as herdeiras e não poderei dar a volta TSF. E se fosse outro fim-de-semana, visto que se prevê também chuva no próximo e até ao próximo domingo.
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De Nuno Gonçalo Santos a 23.12.2013 às 17:50

Rogério, eu notei, tanto que disse ao Cláudio. "Somos 16, bem bom para uma manhã de Dezembro e faltam 2 crónicos, o Artur e o Rogério."
1 Abraço de bom Natal e votos de rápidas melhoras.
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De José Cardinhos a 23.12.2013 às 16:59

Irra que há "gajos" chatos com o" Arco da Memória", será necessário publicar tantas vezes, vamos lá Alípio o pessoal percebeu á primeira, hahahaha....
Rogério é assim há pessoas que são mais notadas que outras, tem lá paciência, as melhoras. 
 
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De Aclopes a 23.12.2013 às 17:49

Acerca de Arcos, de Memórias e de Repetições já muito foi dito. Os Arcos podem esperar (DA), não tem que ser a pressa! As Memórias dos Trilhos são para preservar e, sim, o blogue e melhor. As Repetições foram involuntárias e não devem servir para fazer chacota. No FB sei como apagar mas no blogue ainda tentei mas em vão. Esta porra vai ficar no meu CV para sempre. Grande aselha... Dira um dia quem não reparar na pequena correcção que já fiz.
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De Hugo Brites a 23.12.2013 às 17:56

Mais um belo relato de uma manhã passada com boa disposição e boas companhia, pelo que vejo também com uma dose de menos sorte mas para compensar houve duas pausas para tomar um isostar " !
Quero aqui deixar s meus Parabéns à Paula e a todos os membros da " família " TRILHOS SEM FIM um Muito Grande feliz Natal! Image
Até ao meu recesso (está para breve Image)


O blog é uma ferramenta fundamental para a memória futura e não deve ser desprezada , por isso viva o blog Image
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De Rui P a 23.12.2013 às 21:11

Alipio apaguei os excessos
Desta vez estás salvo.
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De Rui P a 23.12.2013 às 21:23

Que é feito do nosso Repórter oficial Artur Fernandes?
Não apareceu, não comenta, não diz nada. Estará doente?
As melhoras.
São os dedos que não dão para teclar?  LOL
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De Aclopes a 23.12.2013 às 21:29

Obrigado, caro amigo director. O Natal tem destas coisas... A memória futura haveria de julgar-me injustamente mal.
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De Aclopes a 23.12.2013 às 21:35

Que eu continuo a bater na mesma tecla e a insistir que só podemos estar parcialmente satisfeitos com a participação que, sendo superior ao habitual - o que e muito bom! -, está longe de atingir os níveis desejáveis. Contém-se os participantes nesta discussão e comparem-se com os dezasseis que saíram do PR e mais os habitualmente crônicos que não pedalaram no domingo. Ler o blogue sem comentar/participar e bisbilhotar. Bisbilhotar não e bonito e mesmo quando anônimo e reprovável. Ninguém pode saber no futuro quantos e quais foram os que viram mas nada disseram!
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De Rui P a 23.12.2013 às 22:15

Meus caros amigos, agradeço terem dado atenção ao meu desafio e ao do A Lopes.
É bom saber que vêm e lêm os textos. Nenhum dos reporteres, editores, colaboradores exige nada de especial, mas por vezes uma pequena palavra dá um ânimo que nem calculam.
Bem hajam
Boas festas
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De david silva a 25.12.2013 às 18:07

quem vai queimar rabanadas e afins amanhã? eu estou a precisar! hora e sitio habitual?

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