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O passeio do dia 25 de Abril foi feito num ambiente festivo. Era domingo e o grupo estava reunido.
Depois de alguma indecisão resolvemos subir a estrada íngreme que nos levou de S. Romão ao Casal dos Matos. Este inicio súbito a subir era um mau presságio para aquilo que nos esperava, disse alguém. Pois era.
Terminada a subida foi tempo de esperar para reagrupar. Dirigimo-nos ao Souto e antes da auto-estrada metemo-nos no trilho que serpenteia ao longo da dita A1. Subidas e descidas sem parar no seio da natureza. Passámos o túnel e fomos observar a Caranguejeira a partir do miradouro do Souto de Cima. Uma paisagem arrebatadora!
Finalmente a descida! Um espanto, até os calços cheiravam a queimado.
Dos Cardosos fomos ao Arrabal, passando pela mata de carvalho e pelo caminho empedrado.
Pensámos em descer o galinheiro e lá fomos. Depois foi aproveitar a descida, dobrar as curvas e evitar as pedras.
Uns cansados, outros nem tanto, era chegada a hora de regresso.
Mais outro dia bem passado.
Rui
O Clube de Orientação do Centro (COC) organizou uma prova de Orientação em BTT, a contar para o Ranking Mundial da Modalidade - WRE. – 17 e 18 Abril 2010 e "Os Trilhos sem fim" estiveram lá representados pelo Grazina o Máximo e o Cláudio, estreantes nesta modalidade, e tendo apenas efectuado uma prova de treino no passado dia 2 (ver crónica) conseguiram o 9º lugar na classificação de hoje, o 2º dia, tendo obtido a classificação de 13º em 21 na classificação geral dos 2 dias, classe OPT long.
Ficámos com o sentimento de missão cumprida, e satisfeitos com as nossas capacidades de orientação, não tão satisfeitos como poderíamos ter ficado, não fosse o percalço do primeiro dia, Sábado, que nos custou certamente algumas posições na tabela final. Mas a vida é mesmo assim, vivendo e aprendendo, e uma coisa nós aprendemos, é a ler como deve de ser, e esclarecer as regras da prova antes de a iniciarmos, aliás uma regra básica, mas como inexperientes que somos e mal informados que estávamos, julgámos ter apenas 90 minutos para a cumprir. Com base neste pressuposto, dirigimo-nos para a meta com apenas 4 dos 10 pontos marcados. Mais tarde, descobrimos o porquê de tão poucos atletas e gente na zona de chegada! É que afinal fomos dos primeiros a chegar, pois ainda disponhamos de mais 90 minutos para acabar a prova, enfim..., depois de nos rirmos com a situação, pois nestas coisas a melhor atitude é levar na desportiva, até porque já neste blog se disse, os "trilhos sem fim" participam, não competem, lá fomos levando a situação no gozo. No entanto, ao fim da tarde de Sábado e ao vermos as classificações, verificámos que quando fizemos o 4º ponto, íamos em 3º lugar. Ora bem, ir com um andamento destes e "desertar" já não tem tanta piada, mas logo pensámos, amanhã é de vez, e assim foi!
A prova de hoje correu-nos bem, não nos enganámos em nenhum ponto, os trajectos escolhidos foram bons, e como equipa funcionámos bem, reunimo-nos e tomámos as decisões com consenso quando surgiam dúvidas, e rapidamente, quão rápido as nossas pernas nos deixavam, nos dirigíamos ao próximo ponto. Não houve quedas nem avarias, os suportes do mapa, provaram a sua robustez e funcionalidade, a chuva não nos incomodou, divertimo-nos e mesmo com o percalço de ontem, conseguimos um modesto 13º lugar em 21.
Resta dizer que a prova decorreu na Caranguejeira, sendo uma grande parte do percurso no ninho de águia. Estiveram presentes inúmeros atletas internacionais, não conseguindo no entanto obter o 1ªlugar, que foi para o campeão nacional, Daniel Marques. Julgo eu, pois a tabela de classificações está dividida em diversos escalões, e não é assim tão fácil de interpretar, mas é o que consta.
Acabada a jornada, concluímos que haverá certamente uma próxima participação neste tipo de provas, e iremos ler as instruções todas em pormenor. Concluímos também que temos de ter melhores perninhas, o que só se ganha com treino, por isso deixo aqui o desafio para começar-mos com os nossos treinos nocturnos à 5ª, como no verão passado.
Missão cumprida, mas com muito a melhorar!
Cláudio Costa
Pelo 2º ano consecutivo o grupo BTT Trilhos Sem Fim teve uma equipa a participar no Geo-Raid. O Rui e o Nuno, fervorosos adeptos, fizeram a inscrição na primeira hora e obtiveram o dorsal nº 9. Como no ano anterior fizeram os treinos na medida do que a actividade profissional lhes permitiu.
Os companheiros do Trilhos Sem Fim não se cansaram em incentivar a participação e de desejar boa sorte na véspera e no dia da prova. Sei que ansiaram por saber o resultado da participação. Infelizmente este ano ficou muito aquém das expectativas.
Sabíamos que o esforço a despender estava no limiar do que tínhamos para dar, mas a motivação, a dedicação que damos àquilo a que nos propomos e o verdadeiro espírito amador neste desporto fez-nos supor que atingiríamos o objectivo.
No dia 10, bem cedinho, alinhámos na box e partimos em direcção a São Macário e Serra da Freita, com a esperança de voltar percorridos os 111 km.
A ansiedade e o nervosismo deram lugar ao entusiasmo, mal foi dada a ordem de partida.
Na minha memória estão alojada as imensas cores cheiros e emoções que vivi nesses dois dias em plena natureza. Recomendo uma visita ao post feito no ano anterior (post 2009)
Mesmo que queira contar o que vivemos não o consigo fazer por agora. Arrelias!
No 2º dia da prova fomos vitimas de uma injustiça. A equipa do Trilhos Sem Fim considera-se uma forte defensora de princípios, sendo o da confiança na palavra um deles.
Ficámos alojados num hotel, que por agora omito o nome, que nos causou um grande contratempo. Desde a primeira hora que tive dificuldade no acesso ao quarto que me foi atribuído. Logo na primeira utilização tive que ir três vezes à recepção para trocar de chave magnética, mas a situação grave, inadmissível e intolerável, veio a acontecer no dia 11 de manhã, antes da partida para a 2ª etapa da prova. Após regresso do pequeno ao almoço dirigi-me ao quarto para levar os sapatos de btt, o capacete, luvas, alimentos, etc. Pasme-se, não consegui abrir a porta. A funcionária do hotel usou todos os meios ao seu alcance, desde vários cartões ao aparelho eléctrico, mas a porta permaneceu sempre fechada. Imaginem a situação de stress que vivi, sabendo que o meu colega de equipa não podia partir.
Passados quase 30 minutos eu continuava fora do meu quarto com os pertences que necessitava para iniciar a minha prova dentro dele.
Para agravar a situação, a porta foi aberta com a chave do utilizador que ocupava o quarto em frente ao meu, por sinal membro do staff do geo-raid. Onde está a segurança? Para que serve a chave?
Apercebendo-se do meu desalento, a tal senhora do staf propôs, entre outras soluções, que o tempo que eu perdesse na partida, me seria bonificada no final. Concordei. Partimos com 20 minutos de atraso. Fizemos todo o percurso fazendo os cálculos do tempo no pressuposto que teríamos a tal bonificação. No 3º e ultimo controlo, aos 62 km com apenas 10 para percorrer, chegamos com 1 ou 2 minutos de atraso. Fomos desclassificados!
Após contacto com a direcção da prova e relembrando-lhe o acordo feito antes da partida, foi inflexível. "Uma organização séria não pode abrir este tipo de excepções", disse.
Partindo do principio da sinceridade e da honestidade, que me prezo seguir, não aceito que alguém com pouca sensibilidade para avaliar situações que envolvem pessoas e por conseguinte emoções, neste caso exponencialmente multiplicada pelo esforço físico e psicológico dispendido, tomem uma decisão fora de contexto e daquilo que tinha sido acordado. As regras podem ser de ouro, de fácil compreensão, ou mesmo rígidas, mas aquilo que distingue a organização é a capacidade do líder para as interpretar. Neste caso faltou a sensibilidade e a arte de honrar a palavra dada. Sobrou a arrogância e a prepotência.
Fomos desclassificados e injustiçados, não quero ouvir falar mais de geo-raid!
Já agora vejam as imgens
Rui
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