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Hoje reinou a diversão pelos trilhos feitos…
Foi-me recomendado que o texto descritivo fosse sucinto e assim será…
Se à saída começamos por ser 8. Uma avaria mais complicada na bike do Endy, obrigou-o a ir a casa pegar na roda fina, e ditou o destino que não nos acompanhasse.
Ao fim dos primeiros quilómetros, o grupo ficou reduzido a 5, quando a classe médica, do grupo optou por um registo mais rápido que aquele que levávamos.
Em ritmo descontraído seguiram os 5, apreciando os singles e drops pelos quais nos orientamos. Há hora do reforço, num café que nos apareceu no caminho, fomos presenteados por um bolo, uma especialidade de Olhão, oferecido pelo amigo Pedro Santos. Obrigado pois era deveras bom!
Já na 2ª parte da volta voltamos a cruzar com os nossos camaradas, voltando apenas a reencontra-los no local de reposição de líquidos, no local usual, e no fim da volta.
As imagens mostram o bom que foi, fazer os mais de 700mD+ e os 47km.
Boa semana, até a próxima pedalada, seja à 5ª feira à noite ou manhã de domingo!
D'Armindo
8h:36m:20s, a hora em que o grupo organizado de 6 elementos partiu em direcção ás Fontes e Reguengo do Fetal onde, e a partir de lá subiu pelo estradão do vale rumo ao Alqueidão da Serra para depois ir comer pedra com fartura; altura em que um de nós teve de regressar por motivos de responsabilidades laborais.
10h:11m:30s a hora em que, e antes da descida BTT Gips, cairam 5 segundos de uma chuva fria que, ao bater no corpo quente soube…a pouco. Foi a vez de subir para nos fazermos ao espectacular single da alcaria que e pouco tempo depois nos levou ao trilho do Valicova onde saboreámos deliciosas ameixas vermelhas.
Repasto feito, subimos ao Alqueidão para depois apanharmos os trilhos direcção Alcanadas (estão fantásticos) para lá fazermos os trilhos da mata do cerejal… mas, mais uma vez chegámos ao final do trilho sem ver-mos uma única cerejeira na dita mata… recordámos alguns momentos passados naquele local contando pelo menos três figueiras.
Como a vontade de pedalar se fazia sentir no grupo apanhámos o estradão que nos levou ao hoje “ campo de treinos da reixida” onde ainda vimos alguns concorrentes transpirar mas desta feita só de sapatilhas.
O momento era agora de rolar e rumar a Leiria sem antes apanhar-mos um susto com um Sr. Fdp que não sabe as distâncias.
Pouco passava do meio dia quando chegamos a cidade do Liz, com 50kms feitos e cerca de 1000 D+, havendo ainda tempo para ir refrescar o co(r)po com uma companhia pouco habitual nestas andanças… ah, ainda foi ter connosco o LC.
Rui Leitão
Note: For the Canadian couple we meet in Aljezur, and later at Carrapateira, please read the last sentence in English.
Domingo - 07.06.2015
Pelas 5.30h era recolhido o ultimo trilheiro de Leiria, com destino a Setúbal, mais concretamente ao cais do ferry com destino a Tróia. Cláudio e seu pai, o Sr. Helder – nosso motorista, já haviam recolhido Artur e agora David.
Aquela hora, sem trânsito, a viagem feita pela nacional (para poupar classe 2) até à portagem de Aveiras foi muito rápida. Valeu mais este patrocínio da empresa EST, que com o empréstimo da carrinha tornou possível mais esta expedição, com o transporte de ida, quer no de volta.
Já na margem sul do Tejo, recolhemos o último trilheiro, Carlos a última “aquisição” e o nosso enfermeiro de serviço. A equipa de 4 efetivamente era muito versátil e polivalente na área de atuação/formação e trabalho, em comum apenas a roda 26’’ e o gosto pelo pedal.
Pelas 8.10h estávamos junto ao Cais de Setúbal – Doca do Comércio. Tínhamos 20min para preparação das bikes e degustar generosos pedaços de bolo gentilmente feito pela mãe do Carlos. Que excelente peq. almoço temperador, para ganho de forças para o inicio do nosso percurso.
Pelas 8.30h já com o bilhete de grupo tirado embarcamos no ferry rumo a Tróia. A viagem curta foi muito agradável, feita pela fresca da névoa. Esta opção poupou o custo e tempo de deslocação do veiculo mais para sul. Revelou-se uma boa opção.
Com mais alguns veículos e ciclistas desembarcamos, na agradável Tróia, para sobre estrada iniciarmos a nossa jornada. Grande parte da primeira parte do percurso foi feita neste piso. Tendo em conta que a Rota Vicentina, propriamente dita só tem início em Santiago do Cacém, no nosso 2º dia, local onde pernoitaríamos neste primeiro dia.
Todo o percurso foi marcado pela grande distância entre os aglomerados populacionais. Só abandonaríamos o percurso de estrada, quando na localidade da Comporta, ingressamos nos campos de arroz. Antes ainda tivemos oportunidade de realizar uma cache, onde nos cruzamos com uma biker, com quem tivemos oportunidade de tirar uma foto e divulgar o grupo e blog.
Passamos por Carvalhal, prisão de Pinheiro da Cruz, Melides e Vale Figueira.
O almoço foi volante, daquilo que foi trazido de casa e comprado durante a manhã, num local com um grande charco e muita rã… Foi aqui que cruzamos com outro biker solitário, da Mealhada, que iria fazer a rota ciclável da Costa.
O cruzamento com outros bikers e pessoas a pé na rota, a partir deste ponto foi muito esporádico. Até Santiago da parte da tarde apenas à a registar a passagem por uma única localidade (Santa Cruz).
A geografia foi muito amiga durante este dia, concentrando-se o grosso da altimetria de 865m, ao fim do dia de 75Km na chegada a Santiago. Vislumbramos já paisagens típicas do Alentejo.
Este dia foi marcado por uma paisagem bastante diversificada. Ao fim da tarde estávamos junto do Albergue Cova, onde após anunciados no restaurante do piso 0, com o mesmo nome, e um pequeno compasso de espera, pudemos instalar, arrumar as bikes, lavar equipamentos e tomar um duche.
Com baso no conselho do primo do Artur e após confrontados com locais fechados, e uma caminhada, acabamos por parar no restaurante Arco.
Com um atendimento mesmo à nossa medida, tomamos uma óptima refeição retemperadora, que acabou por coincidir numa mesa próxima de uma equipa que trabalhava numa produção televisiva “Jardins Proibidos”. Tivemos oportunidade de ver alguns actores/actrizes, e de tirar uma foto com a simpática actriz Maria do Céu Guerra.
De uma forma subtil… à saída do restaurante, “herdamos” um conjunto de garrafas de água e sumos para o dia seguinte. A hora de dormida foi atrasada pelos “bons vivans” que permaneceram ruidosamente no restaurante Cova até às 4h a.m.
Segunda-feira 08.06.2015
Neste dia combinamos acordar cedo, aproveitar a manhã do dia que se avizinhava muito quente, como fora o anterior. Pelas 5.30h, estávamos de pé. O nosso objectivo era começar a pedalar pelas 6.30h, e assim foi.
O extenso dia foi marcado pelo serrote, no sobe e desce constante ao longo dos 100Km da etapa e dos mais de 2000m D+.
Saindo da residencial, trincamos coisas que ainda tínhamos connosco para o peq. almoço, e subimos ao topo da vila ao encontro da placa que marcava o inicio da Rota Vicentina. Fotos da praxe tiradas com o nascer do dia, rumamos através das lindas paisagens serranas e alentejanas. Quem diz que o Alentejo é uma vasta planície, está efectivamente enganado, junto à costa há um aglomerado de elevações, que propiciam uma diversidade de paisagens, que alternam entre zonas desprovidas de sombra e vales com água e sombra abundante. O percurso tem extensas zonas divertidas de fazer, em que o balanço das descidas, nos levava a subir com pouco esforço.
Passamos por diversos montes, isolados e extensas áreas isoladas. Passamos pelas pequenas localidades de Loureiro e Convento e ao Km40 pelo Cercal.
O percurso encontra-se sempre bem marcado. De notar o desvio feito ao Km 48, para visitar as cascatas Rocha de Água de D’Alto. Comentávamos que dada a altura da mesma (estimamos os 50m), nunca acreditaríamos que se situava no Alentejo. Locais de beleza singular.
Antes de almoço, após o Km 50, surgiu a derradeira prova de esforço, com temperaturas acima dos 40ºC. Só foi possível percorrer esses quilómetros, arrastando as bikes monte acima a pé.
Já passavam largos minutos das 14h quando atingimos São Luis, onde almoçamos no Snack-Bar o Pinguim. O óptimo serviço e comida, permitiram que recuperássemos para enfrentar o calor da tarde.
Fizemos da tarde a continuação da manhã e o ritmo foi quebrado ao km 75, com um desvio até à praia fluvial de Pego das Pias. Que bem soube refrescar naquela represa de água fresca!
Já depois de Odemira dado o avançado da hora, fizemos um pequeno desvio até S. Teotónio, local onde pernoitamos. Valeu os conhecimentos do Carlos que nos conseguiu uma casinha de uma pessoa conhecida, encurtando assim o percurso que tínhamos inicialmente previsto ser até Odeceixe. O desgaste do dia já se fazia sentir no andamento do grupo. Agradecemos desde já o acolhimento e a atenção para com o grupo. Na chegada à casa, na Rua Nova do Encalhe tínhamos já um reforço alimentar e pequeno-almoço para o dia seguinte.
Depois de instalados e de banho tomado foi hora de encontro com o amigos Nuno Gonçalo e companheira Lara, acabando o grupo por jantar num local ali perto. A noite foi animada e valeu pelo convívio, rematado já na casa com uma garrafinha do Hugo B. aberta no “caso de emergência”.
Terça-feira 09.06.2015
Optamos novamente neste dia por acordar cedo, para evitar o calor. Assim sendo preparados e de pequeno-almoço tomado, fechamos a porta da linda casinha onde pernoitamos. Teríamos desde Odeceixe, 18Km de serrote, pacífico, concentrando-se as picadas ao quilómetro20, 30 e alguns caroços até aos 55. Acrescia à altimetria e extensão deste dia, os quilómetros que tínhamos encurtado no dia anterior.
Neste dia estivemos mais próximo do mar. Seguimos então até Odeceixe.
Em Odeceixe foi altura de nos dirigirmos à Residencial Firmino. Tínhamos pago por antecedência 46€, que correspondia a 50% da dormida. Uns dias antes apercebemo-nos que o esforço físico desse dia iria ser exigente, o que aconselhava a encurtar a etapa inicialmente prevista. Desde a 6ª feira anterior que não foi conseguido contato telefónico com a residencial. Dois dias após o envio de um e-mail, recebemos na véspera informação daquela parte que perderíamos o dinheiro, sem possibilidade sequer de podermos receber reforço alimentar à passagem. Uma atenção que o grupo teria ficado muito grato. Neste caso passamos pelo local para levantar o recibo, manifestando o descontentamento perante a situação. A receção à observação não foi das melhores, e os argumentos usados completamente descabidos, sendo que ficamos com clara convicção que em rota futura a realizar aquele local é riscado do mapa para pernoitar. Pareceu-nos que o tipo de atitude é constante, o que não ajuda ao Marketing do local, afastando este tipo de turistas, e que poderia interessar potenciar.
Passamos Rogil, depois de percorrermos 8Km ao lado de um canal de rega, e de tomarmos um belo sumo de laranja no museu da batata, local agradável e com gente simpática, onde tirámos também umas fotografias, daí fomos ao topo de Aljezur. Foi neste ultimo local que nos cruzamos com um casal de turistas Canadianos. Muito simpáticos, tivemos com eles uma larga conversa em inglês, sobre a região, o país, donde tinham vindo e sobre nós e qual era o nosso objectivo. Foi muito interessante e divertido.
De seguida atravessamos extensa extensão isolada, aproximando-nos do mar. Apesar do isolamento ainda apareceram umas caches para serem feitas. A partir daí foi descer, descer e descer até ao Mar. Impressionante a qualidade das descidas, ao longo da rota e das rigueiras para serem transpostas, muito técnico e divertido de fazer.
Descemos um talude imenso, literalmente a pique e com material solto de piso, até à praia isolada. Muito bom!
O pior foi a subida que se seguiu. A pique, a pique e a pique… feita a pé no auge do calor. A hora de almoço aproximava-se e estávamos longe de tudo. Devagar, devagarinho lá atingimos o pico. Cruzamo-nos com uma patrulha de jipe da GNR, que nos orientou de forma a chegarmos o mais rapidamente possível à Carrapateira, onde poderíamos almoçar. Ainda assim foi extenso o caminho até aquela vila. Piso rolante, ondulando entre colinas e muito rápido.
Chegados a Carrapateira, eis que passam por nós de carro o casal canadiano, apitando. No topo da subida aguardavam por nós com 2 cervejas muito frescas, que tinham para si. Aquela oferta foi divinal. Muito obrigado! Depois das 14h entravamos num pequeno restaurante para almoçar, tempo que se estendeu um pouco mais do que inicialmente prevíamos. À saída na esplanada um grupo de pessoas do porto motivou mais uma paragem, e prova de bebidas. Outro óptimo momento, com devida divulgação do blog TSF.
Saímos finalmente em subida após as 16h, e mias uns metros encontramos um casal suíço, que pelo 4º ano passavam férias em Portugal e que já dominavam a língua de Camões. Outro óptimo momento, com direito a fotos e tudo.
Começa a manifestar-se uma avaria na bike do David, um desviador mal montado na loja, levou à perca de mais uma hora. Estava a ficar tarde e estávamos longe do destino, Vila do Bispo. Após improvisada uma reparação, seguimos a bom ritmo e eis que começa a chover… depois de um dia em que tínhamos apanhado tanto sol e calor. Apanhamos estrada dado o adiantado da hora e apreciávamos o efeito da queda da chuva na estrada quente, o vapor de água que até custava respirar e o bom cheiro de terra molhada.
Ao fim da tardinha chegávamos as instalações dos bombeiros voluntários de Vila do Bispo, onde pernoitaríamos. Mediante o espaço disponibilizado, lá ajeitamos locais onde pudéssemos abrir os sacos-cama, tomamos banho e fomos jantar a um local recomendado (e muito bem recomendado), a “Taberna do Careca”. Óptimo jantar, mais uma vez valeu os conhecimentos do Carlos!
Após jantar, um momento de convívio com um casal e filho conhecidos do Carlos. Mais um bom momento. Após xixi e saco-cama.
Quarta-feira 10.06.2015
Levantamos cedo e procuramos logo lugar aberto na vila para tomar o pequeno-almoço. Acabamos no café da noite anterior, com leitinho e torradas.
De “rabo” durido lá seguimos sobre os selins, rumo ao cabo de São Vicente. Valeu a paisagem e grande parte do percurso que foi feito junto às escarpas, serpenteando a costa.
Chegados ao Cabo, atingimos o Km 0 da nossa rota. Lá estava o Sr. Helder Costa pelas 9.30h, já com mais de uma hora de sono feita, após o caminho pela nacional entre Leiria e o Cabo de São Vicente. Bem haja! Com coragem ainda nos levaria de volta até Leiria.
Tiradas as fotos da praxe e carregado o carro com os trailers e alforges, seguimos agora muito leves e rápidos, apenas com as bikes até ao forte de Sagres.
Como o amigo Carlos tinha 2 turnos de trabalho a ter inicio durante a tarde desse dia, seguimos directos para Lisboa. Chegamos já tarde, e só depois de nos despedirmos do Carlos investimos no almoço já depois das 14.30h, no “Panças” junto à Buraca.
Antes do fim de tarde, estávamos em Leiria! Como bons TSF, comentávamos na viagem de regresso qual seriam os contornos da próxima aventura. Venha Ela!
During this long ride of mountain biking, despite the good friendship between us, and the beautiful landscapes we crossed by, we had the pleasure to meet new and friendly people, not only Portugueses, but also a Canadian couple and Swiss, for whom I'm writing this sentence in English. Thank you all, for your good mood and sympathy, it was a pleasure to meet you all on our way, for the Canadian couple a special thanks for the two cold beers on the top of the climb, and for the Swiss couple, thanks for your joy, and congratulations, once again, on knowing speak Portuguese. For the Portugueses, in particular those ones who with we toast at Carrapateira, thanks guys, it was a good moment.
Hoje eramos muito poucos na hora da partida, mas bons. Apareceu um regressado, o José C, que há mais de um ano não nos dava o prazer da sua companhia. Como nunca tinha ido à Pia sugeriu que fosse esse o nosso passeio dominical. Fez-se-lhe a vontade.
O José C adorou mas não volta lá nas próximas semanas. Cumpriu-se a tradição, quando vem alguém de novo, regressado de longa data também resulta, apanha tal empeno que se irá lembrar nas próximas gerações. Neste caso acho que vai ficar gravado no ADN.
Fizemos 51,76 km e chegámos antes das 12:30.
Até domingo e Bom passeio para o pessoal em misssão na Costa Vicentina.
Rui P
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