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A manhã adivinhava-se solarenga, sendo por isso dia de tirar as “ burras da loja”, comparecendo no PR 8 trilheiros para pedalar, 1 para entregar as camisolas novas e mais 1 para as receber; após a entrega dos novos equipamentos era altura de rumar a Fátima para saborear o típico, o doce e o grande Pastel de Nata.
Com a manhã ainda fresca, nada melhor para aquecer, que atravessar a Curvachia que, e para quem não sabe é uma mancha florestal que se situa entre as freguesias de Pousos e do Arrabal a escassos quilómetros de Leiria, mancha florestal essa que conserva várias espécies autóctones nacionais, sendo ainda um retrato bastante fiel do que era a floresta Portuguesa no séc. XX. Entre carvalhos, sobreiros, vários tipos de pinheiros e alguns eucaliptos, escondem-se pequenos paraísos, que nos últimos anos têm atraído muitos amantes da natureza, mas, desenganem-se os que pensam que fomos lá para apreciar o que de belo a natureza nos dá, pois quem anda atrás do “comando” JC não tem tempo para apreciar a natureza mas sim para dar ao pedal, tal a vontade que o homem tem em subir e descer, e virar ora á esquerda ora á direita como se de uma pequena montanha russa se tratasse.
Chegados ao Arrabal (onde em Janeiro se festeja em honra a S. Sebastião) ouviram-se não foguetes mas sim os primeiros ralhetes, irra que um gajo já não pode ter um problema de perda de ar no pneu que o mestre dos pneumáticos começa logo a refilar. Como ainda era cedo para cafés, esta localidade serviu apenas para nos deliciar com a sua calçada á antiga, mas mesmo muito antiga Portuguesa, que, estando “sequinha” nos proporcionou momentos agradáveis de puro Btt levando-nos à Chainça sempre em subida onde aí fomos presenteados por uns carreirinhos e caminhos novos, onde fomos proibidos de travar até Fátima.
Já em Fátima, instalados no local do costume, foi altura de nos deliciarmos com o famoso Pastel de Nata acompanhado da famosa ginja da destilaria RL. que mais parece ter sido feita com mel de abelha com azia… quem sabe prima daquela abelha do nosso querido RG…
Era altura de rumar á terra mãe e nada melhor que fazê-lo pedalando em direção ao Reguengo do Fetal por um ou outro caminho que certamente me fora recomendado pelo fisioterapeuta, só pode, dada a quantidade de pedra que tivemos de transpor.
Hoje não houve tempo de apreciar a gruta, nem de ver o homem que se esconde não só atrás da objetiva mas também dos muros para que possamos desfrutar das sempre belas imagens por ele proporcionadas porque a vontade de ir visitar o Rio Seco e este, literalmente seco, era muita pois aí sabíamos que pouco faltava para e, uma vez mais irmos ver como estava a nascente do rio Lis e mais uma vez confirmar a altimetria do dito marco identificativo de tal.
Daí até Leiria é sempre um tirinho, desta vez com a ambição de saborear um bolo oferecido pelo Gonçalo Cordeiro, sim, esse tartaruga que hoje resolveu reaparecer, e, que segundo ele veio pagar algumas “promessas”, acompanhadas com a sempre escura e fresquinha imperial na CA; obrigado Gonçalo, quer pela companhia quer pelo bolinho, estava delicioso… ah, para a próxima, e, se conseguires traz também o teu vizinho…
KMs – 57; Acumulado – 800mts
TSF – RM, JC, AF, RP, CC, RL, GC e BA
Boas semana para todos,
Quinta Feira – Noturna ás 20:00h
Rui Leitão
Os 8 trilheiros que compareceram hoje no parque radical às 8h30, de certo não se arrependeram, pois tivemos uma excelente manhã de BTT. No local de partida e depois de uma breve troca de impressões o destino foi decidido e orientámo-nos para a Pia do Urso. O Rui P. apresentou-se com uma mochila às costas o que fazia antever que íamos ter reforço especial, um bolo em forma de coração das festas da Bidoeira, forma de coração, mas do ponto de vista clinico, não poético. Lá o comemos com satisfação começando pela aorta, julgo eu… acompanhado de um café patrocinado pelo nosso repórter e logo se comentou que fazia falta o Leitão e os seus néctares!
No caminho desde Leiria até à Pia do Urso, discutiu-se um novo problema que inquietava o Rui P. e os restantes depois de saberem do mesmo. Viu ele num qualquer blog de Leiria uma referência à nascente do nosso rio, e que estaria a uma cota de 400m! Alto lá, que nós, experientes de BTT, para fazermos 400m de altimetria não nos basta ir às Fontes, temos de subir até ao topo da Sra. do Monte. Claro que está errado, comprovado pelas cartas topográficas, por um GPS com altímetro barométrico e pelas nossas pernas, que a cota certa é 100m. De espantar e de causar alguma indignação é o facto de a referência aos 400m de altitude ser encontrada em inúmeras, se não todas as referências bibliográficas que suportam diversos documentos e estudos. Ora aqui está uma boa oportunidade de ajudarmos a esclarecer este enorme equívoco. De tanto erro que por aí anda, até equacionámos ser nós os equivocados, mas não, sabemos bem que as Fontes não ficam a 400m de altitude.
Ao contrário de ontem à noite, a manhã não estava fria e a chuva nem apareceu, o piso, esse sim ainda estava húmido, mas sem muita lama, criando as condições para classificarmos alguns dos trilhos que fizemos como desafiantes! Com a idade que temos, já devíamos ter juízo e evitar trilhos como o vibro-plate e aquele trilho a descer da Pia do Urso, pois aquelas pedras molhadas são realmente mais perigosas que desafiantes, mas com destreza e algum arrojo lá os fizemos com muito gozo e sem nenhum azar.
O regresso a Leiria foi em velocidade típica de quem precisa de se hidratar no local habitual. No fim registaram-se cerca de 50Km e mais de 800m de altimetria, numa manhã agradável de BTT.
Cláudio Costa
Também em meo Kanal 490904
Neste segundo domingo do tempo comum, que é como quem diz, a celebração entre a Epifania e o principio da Quaresma numa primeira parte, e depois do Pentecostes, numa segunda parte, foram 4 os Apóstolos que se deslocaram ao PR para aí darem inicio á missão para a qual foram chamados (embora desta vez sem convocatória).
A decisão foi unânime – Pia do Urso – pois este ano ainda não tínhamos ido lá. O caminho escolhido foi o mais enxuto dentro do possível, dada a quantidade de chuva que caiu para estes lados nos últimos tempos e isso implicou ir revisitar a nascente do rio Lis – que é sempre bonita nesta altura - para de lá subir em direção ao Reguengo do Fétal onde se trepou pelo trilho das Oliveiras, sim, aquele que por norma é descido, foi feito a subir, servindo assim de aperitivo para o grupo chegar à pedreira onde se fez o único registo fotográfico a pedalar (o outro já sabem).
Daí até à Pia foi sempre a andar a bom ritmo onde, depois de apeados nos deliciámos com o café, pastel de Nata e gasolina de avião, daquela que dá para voar baixinho, tão baixinho tão baixinho que no trilho em pedra que dá acesso à pedreira os pneus da bike do RP não aguentaram as pedras e rasgaram em pelo menos dois sítios diferentes, fazendo com que a câmara de ar fosse a única solução encontrada para fugirmos à chuva que ameaçava começar a cair “ a potes”, mas câmara que é câmara (de ar ; entenda-se) falha nos momentos mais necessários e esta não fugiu à regra. Daí até ao Reguengo foi um constante dar ar à roda o que nos levou a fazer a estrada em direção a Leiria abandonando o RP na subida da Amoreira (não aguentou a pedalada hihihi ).
Os restantes 3 seguiram em direção ao local habitual onde o RL ainda teve de dar uma bela palmadinha nas costas ao RM que ficou aflito com um pedacinho de tremoço. Mesmo com estes contratempos, chegámos por volta das 12:40, sequinhos e com cerca de 55 kms realizados.
A todos, uma boa semana preferencialmente de pedaladas.
Intervenientes – RP, RM, Daniel R e RL.
Agenda TSF: Quinta-feira – nocturna; Domingo no sitio do costume às 8:35
Ruy Leitão
Hoje foi-me dado um duplo privilégio. Escrever a primeira crónica do ano e a primeira das comemorações do Centenário dos Trilhos Sem Fim (2008-2018). Grande orgulho!
Sobre o presente fica para depois, porque do passado, sobre os momentos vividos que constroem a nossa identidade, há muito para contar. Comemorar um centenário, cada ano de BTT vale 10, é algo que vale realmente, se existirem experiências positivas para relembrar. E se as há!
Creio não ser injusto se disser que este grupo de amigos se iniciou, por mero acaso, do encontro do Sérgio Ferreira, Pedro Ferreira, Rui Passadouro e Artur Fernandes. A experiência foi muito positiva e foram chegando cada vez mais. A 28 de fevereiro de 2008, data oficial do batismo dos Trilhos Sem Fim, compareceram o Mota, Sérgio, Luis Gueifão, Rui P, Ricardo, Tó, Paiva, José, Artur F e o Eduardo. Fizemos o passeio ao longo do Rio Lis até à praia da Vieira. Tivemos tudo aquilo a tínhamos direito: conversa, quedas e bolachas. Entre as palavras trocadas foi decidido escolher um nome. Trilhos Sem Fim foi o eleito.
Nestes 10 anos muitos amigos passaram por nós e espalharam o nosso nome por todo o lado. É agradável saber que somo reconhecidos nos sítios mais longínquos por onde passamos, que temos 3735 seguidores no Facebook e cerca de 170.000 visitantes no blog, publicámos 369 filmes no canal Youtube e fizemos, desde 2009, 512 Tweets para 80 seguidores do Twiter dos Trilhos Sem Fim. O MEO Canal, acessível em 490904, disponibiliza 25 horas de filme e já teve 8415 visitas.
Hoje não vou recordar nenhum episodio dos muitos que já vivemos. Peço-vos que descrevam os mais marcantes que viveram na nossa companhia nos comentários deste post.
Prometi falar do presente, do dia de hoje. Foi uma manhã muito especial, já que marcou o inicio das comemorações do centenário, foi a primeira de 2018, mas sobretudo teve o regresso do Rui L, após longos meses de ausência. Tudo foi combinado na véspera com um mero sinal de Facebook, que logo mobilizou a companhia habitual, com raras, mas sentidas ausências. À hora marcada, com a presença do Rogério Monteiro, Rui Gaspar, Rui Leitão, Rui P, André Canelas, Nuno Santos, Cláudio Costa, seguimos, sem antes planear o percurso, de forma a que às 12:00 estivéssemos na garagem oficial. Aquela onde se estacionam os mais puros e deliciosos néctares, na esperança que maturem e se transformem na melhor pomada. Pedalámos fustigados pelo frio intenso da manhã, mas nem as extremidades geladas nos impediram de visitar as fontes do Lis, subir o Pé da Serra e logo descer à direita no trilho que nos levas ao vale do Soutocico. Demos connosco a beber o café no Arrabal, onde o peixe encara o gato, e não tem medo de ser comido.
Subimos, descemos, atravessámos a estrada de Fátima em Cardosos e apreciámos o trilho. Após subir a pedreira, optámos pelo percurso mais rápido para a referida garagem. Lá chegados, demos de caras com a pomada, acompanhada pelo belo bolo de yogurte, chouriço da beira, aconchegados pelo carinho e simpatia da anfitriã Olga. Para terminar o saboroso queijo da serra. Claro que a conversa foi animada e o tempo começava a escassear, pois as famílias começavam a sentir a nossa falta. Retirámos estrategicamente, como é tradição.
Sem dúvida uma manhã especial!
Rui Passadouro
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