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Pelo 2º ano consecutivo o grupo BTT Trilhos Sem Fim teve uma equipa a participar no Geo-Raid. O Rui e o Nuno, fervorosos adeptos, fizeram a inscrição na primeira hora e obtiveram o dorsal nº 9. Como no ano anterior fizeram os treinos na medida do que a actividade profissional lhes permitiu.
Os companheiros do Trilhos Sem Fim não se cansaram em incentivar a participação e de desejar boa sorte na véspera e no dia da prova. Sei que ansiaram por saber o resultado da participação. Infelizmente este ano ficou muito aquém das expectativas.
Sabíamos que o esforço a despender estava no limiar do que tínhamos para dar, mas a motivação, a dedicação que damos àquilo a que nos propomos e o verdadeiro espírito amador neste desporto fez-nos supor que atingiríamos o objectivo.
No dia 10, bem cedinho, alinhámos na box e partimos em direcção a São Macário e Serra da Freita, com a esperança de voltar percorridos os 111 km.
A ansiedade e o nervosismo deram lugar ao entusiasmo, mal foi dada a ordem de partida.
Na minha memória estão alojada as imensas cores cheiros e emoções que vivi nesses dois dias em plena natureza. Recomendo uma visita ao post feito no ano anterior (post 2009)
Mesmo que queira contar o que vivemos não o consigo fazer por agora. Arrelias!
No 2º dia da prova fomos vitimas de uma injustiça. A equipa do Trilhos Sem Fim considera-se uma forte defensora de princípios, sendo o da confiança na palavra um deles.
Ficámos alojados num hotel, que por agora omito o nome, que nos causou um grande contratempo. Desde a primeira hora que tive dificuldade no acesso ao quarto que me foi atribuído. Logo na primeira utilização tive que ir três vezes à recepção para trocar de chave magnética, mas a situação grave, inadmissível e intolerável, veio a acontecer no dia 11 de manhã, antes da partida para a 2ª etapa da prova. Após regresso do pequeno ao almoço dirigi-me ao quarto para levar os sapatos de btt, o capacete, luvas, alimentos, etc. Pasme-se, não consegui abrir a porta. A funcionária do hotel usou todos os meios ao seu alcance, desde vários cartões ao aparelho eléctrico, mas a porta permaneceu sempre fechada. Imaginem a situação de stress que vivi, sabendo que o meu colega de equipa não podia partir.
Passados quase 30 minutos eu continuava fora do meu quarto com os pertences que necessitava para iniciar a minha prova dentro dele.
Para agravar a situação, a porta foi aberta com a chave do utilizador que ocupava o quarto em frente ao meu, por sinal membro do staff do geo-raid. Onde está a segurança? Para que serve a chave?
Apercebendo-se do meu desalento, a tal senhora do staf propôs, entre outras soluções, que o tempo que eu perdesse na partida, me seria bonificada no final. Concordei. Partimos com 20 minutos de atraso. Fizemos todo o percurso fazendo os cálculos do tempo no pressuposto que teríamos a tal bonificação. No 3º e ultimo controlo, aos 62 km com apenas 10 para percorrer, chegamos com 1 ou 2 minutos de atraso. Fomos desclassificados!
Após contacto com a direcção da prova e relembrando-lhe o acordo feito antes da partida, foi inflexível. "Uma organização séria não pode abrir este tipo de excepções", disse.
Partindo do principio da sinceridade e da honestidade, que me prezo seguir, não aceito que alguém com pouca sensibilidade para avaliar situações que envolvem pessoas e por conseguinte emoções, neste caso exponencialmente multiplicada pelo esforço físico e psicológico dispendido, tomem uma decisão fora de contexto e daquilo que tinha sido acordado. As regras podem ser de ouro, de fácil compreensão, ou mesmo rígidas, mas aquilo que distingue a organização é a capacidade do líder para as interpretar. Neste caso faltou a sensibilidade e a arte de honrar a palavra dada. Sobrou a arrogância e a prepotência.
Fomos desclassificados e injustiçados, não quero ouvir falar mais de geo-raid!
Já agora vejam as imgens
Rui
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