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Poderia começar este texto de 1001 maneiras diferentes, mas escolhi esta…
Hoje foi dia de regressos, e, sendo assim, os mais atentos ao blog já sabem como vai ser o desenrolar desta crónica, mas, vamos por partes; já agora, posso adiantar que é por causa dos regressos que me calhou a mim a descrição da manhã de hoje.
Como a manhã estava solarenga o grupo juntou-se no local habitual ao longo destes anos de pedal, colocou-se alguma conversa em dia tanto com o nosso casal acabadinho de chegar após a realização com sucesso do Pisão Extreme 2021 – dizem eles que é uma skyrunning - vá-se lá saber porquê, quer com os meninos RS e o LG que hoje decidiram ir partir pedra para outro local. Com isto pouco passava das 8:30 quando se começaram a ouvir os primeiros gritos de está na hora, partindo o grupo desorganizado para a realização do passeio hoje organizado e que tinha como objectivo (o que não é normal nos últimos tempos) o de visitar dois locais
O muro de pedra Seca e o Miradouro do Chão das Pias (ver abaixo)
Digo desorganizado, pois apenas com 300mts feitos…adivinhem de quem se deu falta???...pois, e de espera em espera decidiu-se logo ali (sim que o grupo é desorganizado mas objectivo) que iriamos fazer alguns troços de alcatrão para conseguirmos atingir o objectivo, assim, e traçado o trajecto que nos levaria o mais rápido possível a Alqueidão da Serra onde apanhámos estradões magníficos que nos levaram a Alcaria e ao corte para a Fórnea onde podemos constatar que sempre que temos mais que uma alternativa de subida não nos devemos reger pelo GPS, de seguida subimos até ao céu, para que o regressado RP pudesse sentir na pele e aposto que em mais algumas partes do corpo o mesmo que os outros regressados sentem… pois se existem regressos…temos de SUBIR; onde de seguida e de uma forma rápida conquistámos os objectivos, onde podemos tirar as fotos da praxe, dizer umas larachas deslumbrar com a vista e constatar que hoje era uma autêntica romaria ao dito.
A saída fez-se por um trilho belíssimo que passa por baixo do miradouro, e que mais á frente liga a descidas excelentes (PR4 se não me engano) ricas em fosseis onde parece que andaram a enterrar pedras por aqui e por ali, que já anteriormente tinham sido por nós visitadas mas que merecem sempre algum cuidado dada a rapidez, a traquinice de alguns e a matreirice do terreno, e, num ápice…Porto de Mós.
Sem direito a café e pastel de nata era hora de testar os limites das máquinas e nada melhor que bloquear as suspensões e deixar-nos guiar em direcção ao Armando que o sol já ia alto.
O resto deixo para os comentários.
Fica como anotação:
Os muros de pedra seca revelam de forma exemplar a capacidade dos serranos em construir e em nos mostrar a serra tal e qual como a conhecemos hoje, uma paisagem harmoniosa e rica em biodiversidade, eram construídos com lajes salientes como se de escamas de centopeia se tratassem e que com isso evitavam que os lobos saltassem para dentro dos cercados – este que hoje foi visitado é um muro de 20 m2 que resulta da junção de técnicas tradicionais com arte urbana e se situa ao lado do miradouro CdPias.
Miradouro do chão das Pias onde a vista imensa, se perpetua por quilómetros. O novo miradouro alia a arquitetura com a paisagem do parque natural das Serras de Aire e Candeeiros. Foi inaugurado na última segunda-feira, estando instalado a cerca de 425 metros de altitude e a sua longa “varanda” permite vislumbrar, lá em baixo, na vila, o Castelo de Porto de Mós conquistando até ás fronteiras impostas pelas condições atmosféricas, tendo no limite, a curvatura do planeta…ouvi dizer
5ª feira nocturna
Rui Leitão
TSF 20211121
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