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Treze, foi quantos éramos à partida. Após o primeiro teste de resistência, dois companheiros melhor preparados zarparam em dueto e ficamos 11. Ainda antes do almoço aconteceu uma desistência por questões físicas, e o caso não era para menos. Ficamos dez até ao final. Descontado a hora de almoço, que teve mais de 60 minutos,foi uma prova das 8:20 às 20:20.
Após os primeiros doze quilómetros desatamos a trepar e a trepar e só descansamos (?) aos vinte e cinco. Subir muito, e pedra ainda mais. A primeira de três partes da subida levou-nos a um marco geodésico ou delta, como explicou o CM. A segunda levou-nos às antenas de telecomunicações e a terceira e muito sofrida parte permitiunos gozar singles, singles, e ainda mais singles do melhor.
Depois de uma aventura destas em paisagens deslumbrantes e idílicas o que conhecemos perto de casa muda de escala... Se considerarmos que entre os doze e os cinquenta e dois quilómetros praticamente não tivemos contacto com paisagens demasiado humanizadas em quadros naturais de rara beleza e aroma dá para perceber (a quem não foi ou conhece) que fizemos montes de Amazónias, Curvachias, Fontes e Galinheiros tudo de enfiada e com poucas ou nenhumas intermitências.
Havia vários trilhos devidamente identificados com o nome mas só recordamos o de quatro: Superfresco, Cascatas, Javali e ARCO DA VELHA (que foram quase todos!).
A primeira parte, até antes do almoço aos 52, foi bonita e dura pra burro mas a que se seguiu ao repasto, na zona de Fungalvaz, recomenda uma nova visita em dia a combinar. Se antes tínhamos tido quadros de belos e aromáticos no das Cascatas tivemos beleza envolta em magnífica sonoridade do chilrear de pássaros e mourejar de água límpida da ribeira. Um de nós aproveitou para despir e mergulhar e foi por essas e outras que demorámos um pouco mais que tantos prós que por nós passaram sem dar cavaco a outra coisa que não fossem as suas próprias máquinas e os seus desempenhos pessoais. Atitudes ambas respeitáveis atrevemo-nos a defender a nossa que ainda incluíu a visita de cariz religioso ao topo do castelo de Ourém, sempre devidamente montados. Todos! Desnecessário será dizer que passou a haver ali mais uma garrafa de ginja vazia.
De Ourém para Fatima os trilhos QPM indicaram-nos caminhos que não são habituais nas nossas idas para aquelas bandas mas são igualmente interessantes, senão melhores.
Não podia terminar esta croniqueta sem lembrar que uma ausência nos permitiu ouvir mais e melhor a natureza e uma presença nos providenciou, aqui e ali, música erudita desde Quim Barreiros a Marco Paulo, sem esquecer a do Variações que fala da relação conflituosa entre o corpo que sofre e a cabeça que não tem juízo. Os nossos corpos ontem sofreram bué!...
Alipio Lopes
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