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Rota da Ribeira das Carpalhosas By Trilhos Sem Fim

por Trilhos Sem Fim, em 21.12.21

Aberta aos entusiastas do exercício físico em agosto de 2021, a Rota da Ribeira das Carpalhosas, proporciona àqueles que apreciam o contacto com a natureza momentos únicos. Por diversas vezes o grupo BTT Trilhos Sem Fim tinha planeado a sua visita, mas por constrangimentos diversos só hoje, 19 de dezembro, tal se tornou possível.

Em Leiria, à hora habitual, 13 trilheiros rumaram à Bidoeira de Cima, onde chegaram vindos da Texugueira.

No Parque da Sapateira, junto ao Cento Cultural da Bidoeira, logo nos embrenhámos no vasto bosque de pinhal. Descemos rapidamente e logo me vieram à memória os velhos caminhos que tantas vezes percorri na minha infância. Por estreitos carreiros que ladeiam os antigos campos, agora pinhais, que os Bidoeirenses amanharam para extrair o que a terra tinha de melhor, o pão, logo me deparei com a Fonte do Linho, agora muito descuidada e abandonada, e depois com o extremo da Rua da Portelinha e das suas opulentas moradias.

Os mais velozes rapidamente passaram um antigo empedrado e chegaram ao riacho das Almoinhas. Pedalando na sua margem identifiquei o velho moinho e o faial onde recentemente foi colhida a madeira. Mais uma vez fui arrebatado pela melancolia dos tempos da infância quando por aí passava na azáfama dos trabalhos agrícolas.

Serpenteando nas margens da ribeira, vencendo alguns desníveis, fomos apreciando a beleza da floresta nestes dias de outono, ainda com o sol brilhante. Nisto chegámos ao lugar da Mata da Bidoeira e, qual crianças no intervalo da escola, brincámos no balouço, estrategicamente colocado no cimo da arriba, com a ribeira lá no fundo.

Sempre ladeados pelas arvores, com o riacho aos pés, passámos perto do local onde antigamente existiu o Calhau, um pequeno lugar cujo principal modus vivendi era a moagem de grão. Hoje, restam meia dúzia de paredes em ruína.

Ao Vale da Pedra chegámos através da porta fortificada, fronteira virtual entre a freguesia da Bidoeira de Cima e do Souto da Carpalhosa. Detivemo-nos um pouco no local, para registar a presença com uns fotos e, também, para apreciar o parque com as suas imagens alusivas aos Natal. Constatei que pai Natal era um folgosão, deitado no seu trenó.

Continuando à beira da ribeira, entrámos numa zona mais verdejantes, quase plana, a lembrar um troço dos caminhos de Santiago.

Já fora da minha Freguesia, mas sempre junto à Ribeira da Carpalhosa, continuei a apreciar o cuidado com que todo o percurso foi preparado e continua a ser mantido. Apesar das muitas pessoas que têm vindo conhecer a rota, tenho que salientar o cuidado de todos na manutenção do espaço, pois não encontrámos lixo no percurso, nem plásticos nas margens, coisa pouco habitual.

Já na Carreira cumprimos a tradição do café matinal que, por falta do pastel de nata, foi acompanhado pela sandes de queijo e do croissant recheado, devidamente partilhados. Feliz ficou o grupo por agradecer a simpatia do AJ, que para comemorar mais um aniversário, pagou a conta. Parabéns!

Após o reforço, iniciámos o regresso, visitando mais uma vez o Paço Real de Monte Real, dando a oportunidades aos mais afoitos de descer a escadaria. Na verdade, todos a desceram de bike.

O percurso dos campos do Liz, com o vento de frente, foi a parte mais monótona, mas fica na minha memória aquela passagem no carreirinho junto ao moinho das Almoinhas e ao terreno das faias. Uma maravilha e que bela recordação!

Não posso deixar de dar os parabéns aos mentores e cuidadores da Rota da Ribeira das Carpalhosas pelo excelente trabalho. Obrigado.

Agora resta-me o desfio de fazer o percurso a pé.

Rui Passadouro

Rota da Ribeira das Carpalhosas By Trilhos Sem Fim

publicado às 00:28


6 comentários

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De Ruy a 19.12.2021 às 20:27

Parabéns pela crónica e pelas memórias, sei bem o quanto gostamos de pedalar nos nossos terrenos com a companhia dos TSF.
Mais uma Fantastica manhã na vida companhia. 


Boas festas a todos, um Santo e Feliz Natal 


Rui Leitão 


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De Cláudio Costa a 19.12.2021 às 22:26

Excelente crónica Rui, e obrigado pela partilha das memórias de infância, a confirmar que deve ter sido uma excelente manhã de TSF's. Com pena minha, mas tive de faltar, esta semana a agenda profissional não se conseguiu coordenar com a agenda do BTT.
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De Rui Gaspar a 20.12.2021 às 17:22

Excepcional relato e excepcionais imagens  de mais uma manhã e BTT, mas desta vez por novos trilhos por lugares onde não é normal os TSFs pedalarem. Gostei de ver e partilhar  a satisfação com que o nosso companheiro RP recordava aqueles sitios onde em rapazito da aldeia ajudava os pais no cultivo das terras e onde já não passava há quase 50 anos.
Fiquei rendido ao excepcional trabalho que foi feito por pessoas que gostam de proporcionar aos outros bonitos  locais para desfrutar,   praticando caminhadas e pedaladas. Bem hajam .  Aproveito para endereçar Boas Festas a todos os nossos seguidores.
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De Rogério Monteiro a 20.12.2021 às 18:09

Parabéns Rui pela excelente descrição nos trilhos da tua terra, sendo visível a satisfação do teu relato com a mistura da nostalgia que te deixou.
Uma manhã excelente.
Um Natal feliz para todos.
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De DArmindo a 21.12.2021 às 07:47

É de louvar o trabalho e união de quem mantém o trilho da Ribeira da Carpalhosa. Sabendo que naquelas condições não é fácil ganhar à Natureza.
Assim como é de louvar este grupo TSF. Cada um com as suas histórias e a realidade que vive, acaba por enriquecer o conjunto.
Festas Felizes a todos!
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De Helder Malheiro a 21.12.2021 às 09:21

A satisfação que este grupo de amigos teve ao ver o prazer com que o nosso RP desfrutava daqueles trilhos que o fizeram recuar tantos anos na sua memória!
É bom. 
É muito bom BTTar com esta malta!
Achei curioso e de alguma forma simpático ter-se juntado a nós o Francisco, que do topo dos seus 17 anos foi pesquisar como se juntar aos TSF! 
Fixe!
Quanto à crónica está excelente, como não podia deixar de ser.
O atraso na publicação do video é da minha responsabilidade que só ontem consegui partilhar os videos com o o Grazina que rapidamente os editou à maneira :)
Já me cheira a quinta... 

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