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Cinco trilheiros e o jovem Pedro Silva saíram do Parque Radical as oito e quarenta e pedalaram mais de cinquenta quilómetros e treparam mais de mil e cem metros.
Os quilómetros são todos iguais mas há uns mais iguais que outros... Estes, foram tremendamente divertidos ao nível dos trilhos que foram sendo selecionados aleatoriamente e foi uma manhã que ninguém não queria ter perdido por nada.
Quando chegamos a Torre, com cerca de trinta e cinco quilómetros e um acumulado de 580 metros, perguntei porque não íamos subir aquela montanha linda quando vista de muito longe e, particularmente, lá de cima. Ainda não tinha terminado a frase quando o Rui G determinou que assim ia ser. Afinal, íamos ali três inscritos para o Mythic Ride daqui a cinco semanas e há que dar ao chinelo ou ao pedal... Nos quilómetros seguintes subimos muito mais que até aí.
Quando estávamos a aliviar do esforço bem lá no alto o Hugo lembrou-se que da última vez que ali tinha estado o laranjinha veio com a Cristina armada de um belo e delicioso bolo. Quando olhámos um pouco mais para baixo comentamos que parecia a Cristina quem caminhava na nossa direção. E não e que era mesmo a Cristina acompanhada do filho mais novo e da fera que estreou naquela mesma ocasião há cerca de um ano?!
A descida, com muita sopa de pedra, para as Fontes, cansou quase tanto quanto a subida: sempre em pé e a controlar os pedregulhos amassa verdadeiramente os músculos das coxas!
Durante esta fantástica manhã houve tempo para irmos ao rabisco da fruta e comermos verdadeiras maçãs desprovidas de qualquer género de cera daquela que serve para iludir, envenenar e, também, alimentar. Houve até quem aprovisionasse um verdadeiro carregamento que veio a revelar-se muito útil junto ao marco geodésico no alto da Maunça. Perante a possibilidade de alguém admitir que estivéssemos a roubar fruta concluiu-se que, dadas as evidentes condições de abandono do pomar, estivemos simplesmente a APROVEITAR fruta.
No momento cultural houve oportunidade para ensinar o nosso jovem companheiro do que era uma arroba, um ester e toda a sorte de medidas que, há não muito tempo, faziam parte da nomenclatura e andavam a volta do saudoso alqueire. Escusado será dizer que o nosso jovem companheiro ficou na posse de informação e conhecimento impossíveis de obter nos modernos suportes de aprendizagem mas adiante...
Sobre a arroba estava este humilde escriba convencido de representar um peso inferior a quinze quilos e estava certo. Disse-o alto quando passou um caminhante a quem perguntámos e logo disse ter uma arroba quinze quilos. Ficamos assim mas ao chegar a casa disse-me o Google que tem 14,466kgs que, atualmente, foram arredondados para 15kgs.
Ficamos, uma vez mais, muito mais cultos! São assim os TSF que conseguiram regressar a casa sem café, nata ou sequer ginja para tranquilidade do nosso Diretor, hoje ausente.
Alípio Lopes
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