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Mais uma manhã de domingo com partida no PR, e depois de uma breve troca de ideias, sobre o trilho a seguir, resolvemos ir até Alcanadas, … aqueles trilhos pela sombra dos sobreiros,… enfim saímos já a pensar no calor que aí vinha, sem grandes desvios fomos directos aos Andreus, onde parámos para o Mota abastecer, aquele sistema de refrigeração,…estava com falta de água e entre muita conversa e pedaladas, características predominantes dos elementos deste grupo, rapidamente pedalámos num ritmo acelerado, …para entrar na estrada que vai dar ao Alqueidão da Serra, e ao inicio dos trilhos esperados.
Por entre galhos, pedras e coelhos descemos aqueles trilhos um seguido do outro, com um sorriso de quem gosta mesmo disto, visível sempre que fazíamos uma breve pausa para recuperar dos sustos, enfim,…valeu cada pedalada, obviamente que pagámos a conta, logo na subida seguinte, mas como tínhamos ainda o trilho do riacho seco para fazer, qualquer subida valia o esforço. Depois de uma trincas para ganhar força nas pernas, alguns aproveitaram para fazer a revisão ao sistema de refrigeração, e lá seguimos com vontade de chegar mais cedo, não fosse o sol apertar connosco.
Aquele trilho do rio seco que termina com um salto, para os mais aventureiros, vale sempre a pena, até porque se faz com um ritmo de quem conhece cada curva (só para trilheiros experientes) e lá seguimos, em direcção á Torre, para descer por um caminho pelo meio das terras de cultivo, onde se atingem velocidades furiosas, (e alguns quase chegam a ver as couves de perto). Já em direcção á nascente do Lis, alguns aproveitam para comer umas peras ou pêssegos que vão surgindo pelo caminho,… tal é a fome que dá a estes trilheiros, ou será só pelo gozo de roer o fruto da época com que a natureza nos delicia. Fizemos aquela descida até á nascente do Lis, sempre no limite máximo, esperando que não venha ninguém no sentido oposto, claro que a ideia de escorregar naquela gravilha e o perigo eminente de fazer uma aproximação rápida ao solo, faz com que a adrenalina dispare em flecha mas é assim que vivemos também estas manhã, com espírito de aventura e com vontade de voltar no domingo seguinte para fazer mais uns kms e gozar também da companhia deste pessoal que pedala por gosto.
Abraço,
Leonel
Partimos cedo com o objectivo bem definido. Passear na Mata do Cerejal em Alcanadas. Até lá deveríamos escolher as sombras e desfrutar o prazer das descidas, quando as houver.
Neste primeiro Domingo de Julho esperava-nos um dos dias mais quentes do ano, mas atrás de uns óculos de sol só chega o prazer do passeio pelo campo, o cheiro a rosmaninho, o contraste da clareira com o bosque, a sombra refrescante e o "cantar", sem cessar, das cigarras que por aí abundam.
Após uma ou outra hesitação chegámos a Alcanadas, dirigimo-nos ao primeiro bosque e aproveitámos bem os trilhos a descer. Alegria!
Titubeantes íamos testando as possibilidades do percurso, escolhendo sempre as que nos pareciam mais exóticas, quer pela vegetação cerradas, quer pelo carreiros estreitos. Um após outro carreiro, fomos avançado dentro da mata.
Inexplicavelmente reparei que o Rui G se atrasou uma vez durante o trajecto e que com facilidade nos encontrou!
Fomos avançando na mata, mas aquele carreiro com vegetação abundante, há muito não trilhado, parecia o local ideal para atravessar. Assim fizemos. À sombra, contornando as plantas silvestres, sulcando o caminho aveludado com musgo ainda verde, avançamos bosque dentro. Metro após metro, a vegetação abraçava o caminho, tornando cada vez mais difícil a progressão na floresta. Nisto, uma clareira! Lugar aprazível, em anfiteatro, com sombra escura e um sol intenso adiante, o som das cigarras. Que relaxante! Aquele recanto fortemente arborizado, as ervas aromáticas, o tanque escavado no chão para dar de beber aos animais, fizeram-me imaginar os pássaros, patos, javalis que por lá devem abundar.
Sentámo-nos à sombra, outros de pé à conversa, mas todos a saborear o merecido repastos e as indispensáveis bolachas.
A saída da clareira, sempre a descer, foi um dos momentos altos do passeio. O Rui G voltou a atrasar-se e facilmente nos encontrou!
A Mata do Cerejal, tínhamos que lá ir. Até lá subimos o carreiro junto ao ribeiro e fomos falando de outras experiencias no local, sobretudo daquele dia em por lá passámos num dia de chuva diluviana. A Mata do Cerejal ainda estava longe e o calor apertava. Alguns regressaram a casa!
Subimos pelo alcatrão escaldante, chegámos ao cruzeiro do Alqueidão da Serra e finalmente encontrámos a mata. Não sem antes presenciar-mos uma cena de amor/ódio entre dois companheiros. Tudo normal! Só os amigos discutem. Quem não tem relação não tem oportunidade para discordar. Sei que a diversidade de personalidades só fortalece o grupo e por isso é que nós temos vindo a crescer.
Aquele trilho técnico foi outro dos momentos altos do passeio. A sombra, a vereda estreita, o chão pavimentado com grande lajes aí colocados pela natureza, fizeram de nós um bando de crianças a aproveitar as brincadeiras que vão rareando.
Outras descida e o prazer redobrado.
Já no regresso passámos junto a uma velha casa rural e fomos presenteados com água fresca e ameixas a colher da árvore. Um passeio completo, a provar que ainda é possível percorrer trilhos novos, assim a imaginação e a criatividade não nos abandonem.
Divirtam-se! Domingo haverá mais.
Rui
Nota: afinal o que aconteceu ao Rui G? Mistério!
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