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Infelizmente não pude participar neste passeio à Chiqueda. O apoio técnico que tive que dar à Maratona do Centro não o permitiu.
A avaliar pelo filme e pelas fotos tenho a certeza que foi um excelente passeio. Os companheiros presentes são do melhor que se pode arranjar e os trilhos da Chiqueda são extraordinários.
Fico na expectativa de, num futuro próximo, percorrer aqueles carreiros, por entre arbustos, à beira do riacho e voar em cima da bike descida abaixo.
Eu sei que foi o que fizeram. Mas a Chiqueda espera por mim.
Rui
Nota Importante: É necessário proceder ao pagamento urgente dos jersey's. O companheiro Grazina assumiu compromissos e tem que os respeitar.
A povoação de Chiqueda integra-se num local único. O vale cavado pela Ribeira do Mogo na Serra de Candeeiros é dominado por vegetação luxuriante, por onde serpenteia o pequeno curso de água.
O local é visitado por um elevado número de visitantes, fazendo fé nos trilhos bem delimitados ao longo da ribeiro, na sombra da vegetação.
Iniciámos o passeio. Instantes após a partida uma subida íngreme levou-nos ao interior da floresta. Por entre pequenos carreiros onde apenas cabia um ciclista, percorremos cerca de 20 Km .
Um traçado de dificuldade média, tanto física como tecnicamente . Algumas subidas com inclinação moderada, mas com alguma pedra foram facilmente ganhas por todos os 19 elementos do grupo.
As descidas a exigir alguma atenção foram facilmente ultrapassadas. No final de um dos troços uma rampa a 45º permitiu testar a confiança de todo o grupo, como se pode ver no filme.
Já de regresso, em velocidade acelerada descemos os 3 Km que nos levaram até à povoação. Nem demos pela passagem pelo do poço Suão, tal era o prazer de desfrutar a frenética velocidade por entre a vereda. Pois fiquem sabendo que o Poço Suão é a reserva preciosa da água que abastece Alcobaça.
Todos os sentidos apurados para distinguir os aromas, ouvir chilrear dos pássaros e sentir a brisa que nos acalmava o calor.
Subitamente o inesperado! Um pneu abandonado? Como é possível isto acontecer num local tão belo e inacessível para automóveis?
Continuámos a marcha. Logo ali a ribeira já sem água, mas invadida pelo verde da vegetação . Espanto total e inédito. Dentro da ribeira duas enorme rodas de um Dumper ", ainda com o eixo. Inadmissível! Mais adiante jazia o dito dumper " a ser corroído pelo tempo. Não é possível !
Admito com dificuldade que exista uma pedreira num local tão belo, o que não aceito é que os interesses económicos se sobreponham ao respeito pelo ambiente. Fica mais dispendioso retirar o dito dumper , do que comprar um novo? E a natureza, quanto vale? Pelo que podemos observar pelos lados da Chiqueda vale pouco!
Não se deixem enganar porque a riqueza da Chiqueda está nas pessoas e na beleza do ambiente natural, e essa tem um valor incalculável .
O passeio continuou até à aldeia. Ficou a sensação reconfortante de uma manhã bem passada. Não fosse aquela pequena nódoa teria sido uma manhã perfeita.
Recomendo o passeio e sei que lá iremos voltar inúmeras vezes .
Rui
As fotos
O vídeo
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