Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
No Parque Radical, à hora habitual, juntaram-se os TSF que não estão de férias noutras paragens, bem como alguns amigos. No final eram mais os amigos que os TSF, mas o ambiente prometia uma manhã descontraída.
Com os condicionamentos habituais, café às 10:30 e regresso às 12:30, coube ao Manaia ocupar o papel de cicerone. Sabemos que com ele é Curvachia. E assim foi, carreiros a perder de vista e a encher a alma, mas faltavam os 1000 de acumulado e por tal, afastámo-nos um pouco, mas sem perder o horizonte.
Sem percalços e com boa camaradagem, regressámos à hora prevista, passando uma ultima vez pelo bosque central da Curvachia, em direção ao Vidigal. Aí cada um tomou o seu caminho, não faltando os votos de uma boa semana e a promessa de voltar.
Rui Passadouro
Pelos nossos trilhos os Trilhos Sem Fim rolaram, com vontade e genica grande coragem mostraram, apesar das subidas duras, das curvas manhosas e caminhos fechados, grande satisfação levaram....porque foi neste quintal que eles se criaram!!!
Em jeito de contradição, começámos rumo a Ourém, mas como a ginjinha era longe demais para alguém, e os pastéis de nata com cheiro a Belém são mais fáceis de encontrar perto da casa de quem?....Pois é! Todos concordámos então, que por cá os caminhos são fantásticos e não havia necessidade de tão longe rumar para o stresssss aliviar.
Uma manhã bem passada, com conversa bem regrada e boa companhia...era o que se previa!
Boas pedaladas 😆
Leonel
O tempo escuro, o frio e a ameaça de chuva que pairava no horizonte não foram suficientes, como nunca o são, para inviabilizar mais um passeio de domingo. De modo a evitar a lama, guiados pelo Cardinhos, optámos por uma variante para entrar na nossa mata da Curvachia.
Já na clareira, apreciámos o chão atapetado com as folhas do último outono, mas com alguns rebentos verdes a aparecer aqui e acolá. Os carvalhos, ainda despidos, deixavam entrar alguma luz, que fazia brilhar o tapete acastanhado.
Perto de um dos fornos de cal alguém indagou sobre o passado do local, referindo que aqui existiu uma quinta fértil. Logo me veio à memória uma lenda alusiva a este sitio histórico. Diz-se que o "Arrabal (Hrbal) é arrabalde, não de Leiria, mas da citânia de Qôrbatxia, local de poder e força, um centro de decisão.
Perto do local que visitámos, haverá uma muralha com cerca de 8 km que circunda todo o Monte da Curvachia. Segundo o código de Hammurabi, os topónimos de Soutocico (Sut Syk) quer dizer, a sede/assento de bodo, Famalicão (Gamali Kan), aquele que outorga as normas, Vidigal (Berit g'al), o pagamento da promessa, Touria parece ser Tarrio (Tar), reunião de parentes e Martinela (Mhrthn 'l) o pagamento do dote de noivado. O local que visitámos, debaixo da abóbada de carvalhos, é talvez o mais importante. É o sitio onde se terá localizado a citânia e é conhecido por Prazo (Perazzu), ou seja convocação de acordos/contratos"1
Depois da Qôrbatxia, subimos até Santa Catarina da Serra, vencendo uma encosta atrás da outra. Hoje pareceu-nos mais difícil, talvez por nos ter sido tirada uma hora de sono. É que entrámos na hora de verão.
Com tempo escuro, frio, ameaça de chuva e mesmo com menos horas de sono, não deixámos de ir. Porque é que alguns não apareceram e me obrigaram a escrever este texto? Vamos ter que reunir o corpo redatorial!
Após a reparação em tempo record, quase formula 1, da minha bike, sobrou-nos algum tempo, que gastámos numa visita à cidade.
Foi com grande emoção que encontrámos a charanga da GNR a comemorar os 100 anos da sua corporação e a anunciar os festejos dos 10 anos dos Trilhos Sem Fim. EL-GPS não se poupa a esforços para nos agradar.
Para continuar em beleza fomos descer a encosta do monte da Sra. da Encarnação. Bom, como sempre.
Enquanto uns ainda foram à sala de chá do Armando, outros reuniram-se mais cedo com as famílias. Mas que rica manhã!
Até Domingo.
Rui P
1 Adaptado Arrabal, Terra de Santa Margarida - Quatro séculos de história, edição da Junta de Freguesia do Arrabal
Foi-me atribuída a tarefa de fazer a crónica da nossa manhã de BTT, o que não é difícil, pois escrever sobre ter estado com amigos e fazer o que muito gostamos, que é andar por aí a chapinhar na lama, a subir e a descer montes, é fácil! Hoje foi dia de reencontrar alguns destes amigos dos TSF’s, eu estive fora 1 mês e o Pedro Santos 3 meses, e regressámos ambos esta semana da nossa estada em terras longínquas, e, como não podia deixar de ser, no primeiro Domingo depois do regresso, e depois de já termos matado as saudades da família, segue-se o BTT. Fomos 7 à partida, mas 8 à chegada, e arrancámos do PR à hora habitual em direcção às Fontes, pedalando e conversando, havendo oportunidade para se falar das experiências de Angola e Vietname. Como é já tradição do nosso grupo, sempre que alguém regressa um pouco menos treinado, é sempre presenteado com uma volta suave, como a de hoje, que aos 11Km, já tínhamos mais de 400m de acumulado. Das Fontes subimos até à Senhora do Monte pela subida de Pedra, e pelo single track dos Costaneiras, o qual muito gostamos de descer, mas que hoje, subimos… a pedra molhada aumentou a dificuldade, mas também o gozo. Chegados à Torre reunimos com o Rui P., respeitámos a hora da banana no largo da Torre, e voltámos para trás para subir aquela parede em alcatrão, sim essa mesmo, aquela que quando a descemos nos parece impossível de subir! Mas subimo-la, afinal este era o dia de presentear os tais regressados com uma volta suave! Estava na hora de mudar o azimute, e apontar para o regresso a Leiria, de St. Catarina, onde reagrupámos, sim, porque o Ricardo andava já à nossa procura, descemos o Vale Maninho, espectáculo…, os equipamentos já mostravam termos descido o Vale Maninho, e os rostos dos 8 trilheiros espelhavam a alegria da traquinice típica dos petizes! Havia ainda um percurso a fazer que também muito satisfaz esta malta, subir da Tosel até quase à casa no alto da Curvachia, e daí descer sempre em bom ritmo até ao Vidigal, mas não sem antes tomarmos o cafezinho na esplanada da Pastelaria Beira Lago, patrocinado pelo anfitrião da terra. E se como eu referi erámos 8 à chegada, 9 passámos a ser, pois o amigo Cardinhos, não pedalando por estar lesionado, aguardava por nós para nos fazer companhia no último compromisso social desta manhã. Sempre sobre a ameaça de chuva, conseguimos chegar ao PR sem nos molharmos, no entanto o são Pedro não pode aguentar mais, e o pecado da gula, pagámo-lo com uma valente chuvada à saída do Armando.
Em resumo, chegámos cedo como previsto, pois muitos tinham compromissos para a tarde, contentes com uma excelente volta de BTT, eu, e certamente o Pedro Santos, duplamente satisfeitos pois já algum tempo não tínhamos destas manhãs, e estas manhãs de Domingo são sempre um bom começo de semana.
Até 5ªfeira.
Cláudio Costa
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.