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No sábado carreguei a minha rã e estava longe de imaginar que iria viver uma manhã como a de hoje.
Encontrei o nosso director no Facetretas que me convocou para comparecer no PR às 08:30, a hora do costume.
Não é fácil transmitir o que nos vai na alma quando regressamos ao convívio dum grupo tão heterogéneo quanto magnífico e – diga-se! – unido e solidário.
Chegado ao PR em cima da hora da partida vejo que o HM arranca um espinho seco da minha roda da frente e sai o último suspiro de Slimani. Dá-se umas voltas à roda e percebemos que havia mais espinhos e que a coisa não prometia. Decorreram alguns poucos minutos e quando nos preparávamos para partir fiquei completamente partido e desolado. A roda estava sem ponta de ar e eu a ver-me a regressar triste e desalmado para casa. Ainda insisti em regressar a casa estando na verdade em pulgas para ser salvo. Fui! Apareceram duas câmaras de ar e com o RG a comandar as operações com o seu tradicional optimismo o profissional PM desmontava e limpava o pneu num ápice! E eu assegurar a montada e a olhar feliz como um puto que somos todos nestes momentos. Instalada a câmara havia que dar à bomba e logo se formou uma fila de voluntários. Entretanto chegava o nosso RP que tinha ido buscar o Slimani que acabou por não ser usado e me meteram na mochila e podia ter ficado no carro. Mas eu já só me via a pedalar.
Bom, a partir dali explorámos como nunca as entranhas da Curvachia e adjacências com um super galinheiro e tudo.
Àparte ter descido a penates dois super-drops devo dizer que galguei pedra como nunca e arranhei-me imenso particularmente nos membros inferiores.
Manhã inesquecível que agradeço a este grupo impagável!
A vida com amigos destes tem muito mais encanto! Encanto e cevada mineral hidratada e hidratante.
Obrigado a todos os TSF! Bem hajam pela felicidade que me proporcionaram.
Alípio Lopes
TSF20220904
Filme da Volta:
No Parque Radical, à hora habitual, juntaram-se os TSF que não estão de férias noutras paragens, bem como alguns amigos. No final eram mais os amigos que os TSF, mas o ambiente prometia uma manhã descontraída.
Com os condicionamentos habituais, café às 10:30 e regresso às 12:30, coube ao Manaia ocupar o papel de cicerone. Sabemos que com ele é Curvachia. E assim foi, carreiros a perder de vista e a encher a alma, mas faltavam os 1000 de acumulado e por tal, afastámo-nos um pouco, mas sem perder o horizonte.
Sem percalços e com boa camaradagem, regressámos à hora prevista, passando uma ultima vez pelo bosque central da Curvachia, em direção ao Vidigal. Aí cada um tomou o seu caminho, não faltando os votos de uma boa semana e a promessa de voltar.
Rui Passadouro
Pelos nossos trilhos os Trilhos Sem Fim rolaram, com vontade e genica grande coragem mostraram, apesar das subidas duras, das curvas manhosas e caminhos fechados, grande satisfação levaram....porque foi neste quintal que eles se criaram!!!
Em jeito de contradição, começámos rumo a Ourém, mas como a ginjinha era longe demais para alguém, e os pastéis de nata com cheiro a Belém são mais fáceis de encontrar perto da casa de quem?....Pois é! Todos concordámos então, que por cá os caminhos são fantásticos e não havia necessidade de tão longe rumar para o stresssss aliviar.
Uma manhã bem passada, com conversa bem regrada e boa companhia...era o que se previa!
Boas pedaladas 😆
Leonel
O tempo escuro, o frio e a ameaça de chuva que pairava no horizonte não foram suficientes, como nunca o são, para inviabilizar mais um passeio de domingo. De modo a evitar a lama, guiados pelo Cardinhos, optámos por uma variante para entrar na nossa mata da Curvachia.
Já na clareira, apreciámos o chão atapetado com as folhas do último outono, mas com alguns rebentos verdes a aparecer aqui e acolá. Os carvalhos, ainda despidos, deixavam entrar alguma luz, que fazia brilhar o tapete acastanhado.
Perto de um dos fornos de cal alguém indagou sobre o passado do local, referindo que aqui existiu uma quinta fértil. Logo me veio à memória uma lenda alusiva a este sitio histórico. Diz-se que o "Arrabal (Hrbal) é arrabalde, não de Leiria, mas da citânia de Qôrbatxia, local de poder e força, um centro de decisão.
Perto do local que visitámos, haverá uma muralha com cerca de 8 km que circunda todo o Monte da Curvachia. Segundo o código de Hammurabi, os topónimos de Soutocico (Sut Syk) quer dizer, a sede/assento de bodo, Famalicão (Gamali Kan), aquele que outorga as normas, Vidigal (Berit g'al), o pagamento da promessa, Touria parece ser Tarrio (Tar), reunião de parentes e Martinela (Mhrthn 'l) o pagamento do dote de noivado. O local que visitámos, debaixo da abóbada de carvalhos, é talvez o mais importante. É o sitio onde se terá localizado a citânia e é conhecido por Prazo (Perazzu), ou seja convocação de acordos/contratos"1
Depois da Qôrbatxia, subimos até Santa Catarina da Serra, vencendo uma encosta atrás da outra. Hoje pareceu-nos mais difícil, talvez por nos ter sido tirada uma hora de sono. É que entrámos na hora de verão.
Com tempo escuro, frio, ameaça de chuva e mesmo com menos horas de sono, não deixámos de ir. Porque é que alguns não apareceram e me obrigaram a escrever este texto? Vamos ter que reunir o corpo redatorial!
Após a reparação em tempo record, quase formula 1, da minha bike, sobrou-nos algum tempo, que gastámos numa visita à cidade.
Foi com grande emoção que encontrámos a charanga da GNR a comemorar os 100 anos da sua corporação e a anunciar os festejos dos 10 anos dos Trilhos Sem Fim. EL-GPS não se poupa a esforços para nos agradar.
Para continuar em beleza fomos descer a encosta do monte da Sra. da Encarnação. Bom, como sempre.
Enquanto uns ainda foram à sala de chá do Armando, outros reuniram-se mais cedo com as famílias. Mas que rica manhã!
Até Domingo.
Rui P
1 Adaptado Arrabal, Terra de Santa Margarida - Quatro séculos de história, edição da Junta de Freguesia do Arrabal
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