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“O (Novo) Caminho Português Interior de Santiago estende-se por 205 Km, em território português, atravessando os municípios de Viseu, Castro Daire, Lamego, Peso da Régua, Santa Marta de Penaguião, Vila Real, Vila Pouca de Aguiar e Chaves. Atravessa a fronteira em Vilarelho da Raia, percorrendo cerca de 180 Km da Via da Prata, em território espanhol, até alcançar Santiago de Compostela. Foi marcado e oficialmente inaugurado em Abril de 2012. Este é um caminho que permite um contato muito próximo com a natureza, com menos travessias de estradas, comparativamente com o caminho litoral. O caminho é rico pelo património arquitetónico que atravessa, nomeadamente capelas e igrejas.
Esta aventura dos TSF será na semana 24, com início previsto dia 8 de Junho.
Estão oficialmente abertas as inscrições.”
Pontualmente às 8:30 iniciou-se o evento científico. O peregrino internacional Rui Gaspar usou da palavra cumprindo o programa. Já antes do início dos trabalhos, os congressistas tinham trocado opiniões focando a argumentação no modus operandi para outra expedição a Santiago de Compostela, no próximo ano.
Com a presença de todos os peregrinos internacionais do grupo TSF, com excepção do Cláudio, iniciou-se a parte rolante do congresso. Deixámos para trás o Vidigal e entrámos no santuário da Curvachia. Os oradores peregrinos cumpriram a sua parte e nunca se calaram. Ruas estreitas, trilhos espectaculares, pousadas, “canhas”, espanholas e queijo com forma de glândula mamária feminina, de tudo os nossos oradores peregrinos falaram.
Bem lá no alto da Curvachia, antes da descida para a Tosel, pareceu-me que se denotava algum cansaço em um ou outro congressista. Esta coisa de pedalar e falar é por vezes incompatível, sobretudo quando nunca se calam e é a subir…
Fez-se a descida junto à tosel. Chegados ao vale fomos pelo caminho que sobe pela esquerda. As silvas e outros arbustos iam competindo connosco na ocupação do trilho, denotando a falta de visitas ao local. Os peregrinos continuavam a usar da palavra. Nisto, surge El GPS, que tinha estado muito mortucho. Sugeriu um caminho novo, mas sem responsabilidade pelos enganos. Raros têm sido, diga-se. O trilho era novo, estreito, sempre a subir, técnico… e bom. Não houve enganos.
Junto ao “castelo” da Senhora do Monte fez-se um ponto da situação dos trabalhos do congresso. Tudo estava a correr muito bem, tinha-se evoluído significativamente nas recomendações, mas deveria haver uma visita de campo, no âmbito da peregrinação. Decidimos peregrinar a Fátima. Orientados por El GPS lá fomos. Lá fomos não! Fomos em velocidade, orientados por El GPG renovado.
Chegados ao Santuário cumprimos o previsto para a visita, não sem estabelecer contacto com um peregrino produtor de vinho verde (a D. Alice), que nos agraciou com três exemplares do dito.
O regresso tinha que ser rápido. Saliento a passagem por um carreirito depois de Santa Catarina. Não fosse termos perdido um companheiro, teria dito que tinha sido perfeito.
O tempo passava à medida que nos aproximávamos de Leiria. Dos Cardosos fizemos uma inflexão para o Soutocico galgando estradões. Já perto da Curvachia veio a moção prometida: “já é tarde, cada um vá por onde quiser”. Aproveitei e regressei a casa por estrada. Os restantes regressaram pelos estradões da Curvachia.
Foi um óptimo congresso rolante. Até Domingo!
Rui
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