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Trilhos Sem Fim, a reconquista do Castelo de Ourém

por Trilhos Sem Fim, em 30.12.18

O sol começava a aparecer por entre as árvores do cabeço de São Romão e já os primeiros trilheiros trocavam palavras de cumplicidade, preparando o percurso do dia, que já vinha alinhavado da noite anterior. Os primeiros dias de inverno mostram o dilema e a indefinição da indumentária. Uns vestidos para aguentar as baixas temperaturas, enquanto outros, menos vestidos, continuam a imaginar que o verão ainda não acabou. É o sol que nos confunde.

Palavra atrás de palavra, foram-se aproximando os oitos trilheiros desta expedição. Houve promessas não cumpridas, mas oportunidades não irão faltar, mas não este ano.

Ourém é sempre um bom destinado. Um misto de trilhos técnicos, subidas, descidas e estradões, tudo embrulhado em muita história e paisagem esplendorosa, iluminada pelo sol que nos acompanhou em toda a viagem.

Atravessámos a Curvachia, subindo, e chegados ao campo de futebol do Soutocico utilizámos trilhos e estradões para chegar ao vale Maninho. Nisto, dei por mim velozmente pelo caminho que desce da Loureira em direção a Ourém. Os oito desciam a grande velocidade, como crianças acabadas de entrar no recreio, no final de um dia de estudo. A excitação da adrenalina abafa o risco de queda. Esta incerteza que balanceia o prazer da velocidade com a probabilidade remota do acidente, trazem um prazer superior quando se vence o percurso, com uma segurança apenas aparente.

Enquanto se reagrupam, no final da descida, perto do riacho, partilham com breves palavras os medos e o prazer da vitória, criando confiança ao grupo e estreitamento dos laços da equipa. Uma cumplicidade que se vai adensando cada dia que passa, fazendo com que os que faltam causem saudade e os que regressam tragam uma satisfação especial.

Já no castelo de Ourém, em volta da mesa singela, partilhámos o bolo-rei do Rui P e a ginjinha do Paulo C, esta muito melhor que a garrafa que adquirimos. Com algumas referências aos avariados, terminámos o frugal repasto e logo nos dirigimos à esplanada do D Nuno Alvares Pereira, junto ao Castelo altaneiro. Aí fizemos a bela foto de grupo.

Admirada a paisagem e comtemplado o horizonte, descemos para voltar a subir a encosta até Fátima. O esforço já se fazia evidenciar na face de quase todos, mas o Rogério sempre com a sua boa disposição, identificando o percurso como rolante, quer fosse a subir ou a descer, massacrou os trilheiros com a sua jovialidade e velocidade. Arre!

O tempo escasseava e daí optarmos por um percurso mais rolante desde Fátima. Chegámos ao nosso destino pouco passava das 13 horas, com a sensação de uma manhã bem passada.

Amanhã poderá acontecer uma breve despedida de 2018, mas em 2019 teremos a oportunidade de descobrir novos trilhos e novas amizades.

Votos de bons trilhos.

Rui Passadouro

20181230 ourém

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publicado às 18:44


5 comentários

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De Helder Malheiro a 30.12.2018 às 21:28

Que bela manhã de btt.
Que belas fotos.
Que belo vídeo.
Que belo texto.
Que belo empeno.
Um belo 2019 para todos os TSF e suas famílias. 
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De Helder Malheiro a 30.12.2018 às 21:32

Que bela manhã de btt.
Que belo bolo-rei.
Que bela ginja) mais a segunda do que a primeira. 
Que belas fotos.
Que belo vídeo.
Que belo empeno.
Um belo 2019 para todos os TSF e suas famílias.
😁


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De Rogério Monteiro a 31.12.2018 às 14:22

Para terminar o ano, a reconquista do castelo de ourém, não podia  ter sido melhor escolha, pois para além do excelente percurso, a camaradagem que este grupo sempre partilha, é o toque final para a excelência.
Excelente texto, só com um senão, a "imagem de que o Rogério está um cavalão a andar é falsa", pois só eu sei o quanto sofro para os acompanhar.
Que para o ano continue a camaradagem reinante e que continuemos a rolar em cima das bikes sem quedas, é o que desejo para todos os TSF.
Do "velhinho" um grande abraço para eles e beijos para elas.
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De Rui P a 31.12.2018 às 16:32

Meu caro Rogério, a humildade fica te bem, mas estás mesmo um cavalão. 
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De Rui Gaspar a 31.12.2018 às 17:13


Foi uma manhã com tudo de bom . Não entro na discussão quem é o actual cavalão dos TSFs, mas eu não sou. Eu estou cada vez mais lento, tanto a subir como a descer, mas para mim podem ser todos cavalões desde que esperem por mim no final das subidas. O que importa é que em 2019 queremos todos continuar a desfrutar do BTT como fizemos até hoje dia 31 Dez. ,pois rematamos o ano com 45 km da volta dos odores e uma especial recepção na CA. Votos de 
BOM ANO 2019

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