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Volta do Alzheimer (AF) e de anedotas à moda antiga
Com chuva durante quase toda a manhã, mas chuva miudinha, saímos do PR à hora oficial de domingo: 8:35. Às 8:33 barafustava o AF que era tarde, e oh ALIPIO, despacha-te! Nem mesmo depois de perceber que a hora de partida ainda estava a uma distância de dois minutos ficou calmo. Foi preciso lembrar-lhe a minha pós-graduação em Oxford que me deixou esta marca de pontualidade britânica até aos dias de hoje.
Ainda não havíamos chegado ao Vidigal quando o AF (que me acompanhava na cauda do grupo de seis) desatou a relatar a aventura vivida pelos quatro da vida airada na terça de carnaval. Como eu tinha feito parte desse restrito e privilegiado grupo perguntei-lhe quem foram os felizardos. Respondeu-me que tinha sido ele, o RG e o RP, juntamente com o JC que não fez parte do grupo. Acelerei o passo e chamei a atenção dos restantes para lhes contar o episódio e só quando há estava a anunciar o lapso ele percebeu o erro que tinha acabado de cometer. Escusado será dizer que foi um fartote de riso que foi mote da primeira parte da fantástica e húmida manhã.
Adiante, ouvimos o relato do RG que achou o segundo baraço de corda náutica e que, segundo ele que não costuma exagerar, tem metade do comprimento da primeira mas o dobro da secção! Como a referida corda tinha arribado à Praia e seria proveniente de um qualquer navio esclareci que, por isso mesmo, não deveria ser chamada de corda mas sim de cabo. Atónitos que ficaram todos – sempre a pedalar, claro! – expliquei que na Marinha só existem três tipos de cordas: a corda do relógio, a corda do sino e (a)corda que se faz tarde... a malta gostou. Daí até à anedota do manicômio em que um novato não percebe porque todos se riem a bandeiras despregadas dos números que iam sendo ditos (os velhinhos tinham decidido numerar as 5 anedotas de cada um dos habituais 10 participantes) e quando chegou a sua vez e disse 69 todos se entreolharam... ao que terá respondido que tinha avisado não ter muito jeito para contar anedotas. E não tinha de facto.
Mas ainda vieram mais duas em passo estugado. A do ébrio que chamava putas a uns e pandeleiros a outros, mandou os primeiros para a frente e os segundos para trás e quando após uma violenta travagem o chofer o incita a repetir o que tinha dito ele respondeu: Agora separe-os você que com a travagem misturou-se tudo. É claro que ser o RG com o seu inegável jeito a contar isto ao vivo e a cores tem mais encanto. Como encantadora foi a última do caixeiro-viajante que se deslocava de comboio e passava, sozinho, as viagens a rir a bandeiras despregadas. Numa dada ocasião uma velhinha (nestas ocasiões é sempre uma velhinha com ar respeitável que aparece) pergunta-lhe porque Diabo se ria tanto. Respondeu que para passar o tempo contava anedotas a si próprio. A velhinha o insistiu (as velhinhas são levadas da breca!) e perguntou porque tinha rido ainda mais a dada altura. Resposta: tinha sido a anedota que ainda não sabia...
Café na Torre, reunião com o departamento de Leiria dos Choubike, composto pelo MéRui e o Amilcar Jacinto algures nas Cortes e antes da CA para nos fazerem companhia e ficarem a saber que na descida do poste de alta tensão o AL (eu...) escolheu o lado errado e de argila clara e fez um verdadeiro peão com assentamento.
Pela primeira vez em mil anos a crónica é produzida e concluída às quinze horas e uma mulher continua sem escrever mesmo com duas oportunidades nos últimos trinta dias...
Na última crónica tivemos treze comentários que não incluíam o do RM e agora quero quatorze senão na próxima escrevo uma crónica igual à das duas últimas da PP. Vocês sabem que sou capaz disso... de descer rapido às vezes é que não!
Alípio Lopes
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