As previsões meteorológicas não eram consensuais, umas app anunciavam chuva, outras apenas tempo nublado, fosse como fosse, como se diz neste grupo, as bikes não são feitas de cartão, e com base nesta premissa 11 Trilheiros marcaram presença para o arranque de mais um Domingo de convívio velocipédico.
À saída decidiu-se que como tinha chovido durante toda a semana e de forma a evitar pedra molhada, o melhor seria ir visitar o Castelo de Porto de Mós e a sua singular arquitetura, construído em 1385 e que garantiu o albergue às tropas que se bateram na Batalha de Aljubarrota. Nestes dias, nesta Vila havia também lugar a um colorido de um trabalhoso e manufaturado tapete de flores, que mereciam a nossa atenção.
Encaminhámo-nos então em direção à Barreira e de seguida para os Andreus e daqui para a frente entregámos o aconselhamento de itinerário ao LC, que é sempre uma ideia aventureira e que nos levou a percorrer lúbricos e empedrados carreiros, que embora com as devidas cautelas, íamos fazendo com um sorriso no rosto, brindados com total ausência de precipitação.
Nisto de caminhos escolhidos pelo LC temos sempre um aporte de desafio, e o primeiro foi a passagem entre duas árvores que obrigavam a um zigue-zague com o guiador. Liderando pelo exemplo, o nosso Cartógrafo de hoje, passou com distinção, contudo os seguintes optaram por uma passagem mais cautelosa... Contudo, o nosso Diretor entendeu que estavam reunidas todas as condições para uma passagem em segurança e sem percalços... Não foi bem assim. Ficou registado em vídeo!
Sinopse
Trilheiros: 11Destino: Porto de Mós Distância percorrida: 49km Subida acumulada: 940m Castelos visitados: 1 Aproximações ao solo:3 (com ligueiras escoriações) Trilheiros Perdidos: 1 Momentos de degustação de licorosas caseiras: 1 Nível de prazer, amizade e companheirismo: +++++
Neste seguimento e antes da descida para Porto de Mós, verificámos que faltava o RM. Voluntariosamente o Cartógrafo do dia, a PP e o LG saíram no seu encalce. Após esta saída e enquanto degustávamos a tradicional Licorosa, o RL vaticinou "Hummm, a PP foi com aqueles dois... então vai cair" e a profecia concretizou-se na famosa palete que em tempos outro Trilheiro também lá deixou a sua Figueira.
Seguiu-se a visita ao Castelo, onde constatámos que a "necessidade" de anunciar obra feita leva ao cometimento de atos incompreensíveis como a furação de paredes da cidadela para a colocação de placas. Daqui descemos até à Vila, onde contemplámos a florida alfombra e selámos o reencontro com o Trilheiro que estava em falta. Recompostos pelo reforço, encetámos o caminho de regresso, agora com menos 4 elementos, que devido a compromissos familiares optaram por efetuar um caminho mais célere para não arriscar atrasos.
Os restantes decidiram continuar com lote de bons carreiros que haviam vindo a fazer, regressando pelos trilhos do Alqueidão da Serra. Como não há duas sem três, a terceira desmontagem pela parte da frente da bicicleta ficou guardada para o nosso repórter... Passagem que também ficou registada.
O restante regresso foi feito via Amoreira, num passo mais rolante, que permitiu "engrossar a média" e abrir o apetite para a reposição de eletrólitos. De referir, que a chegada pontualizou-se às 12h30!
Mais uma boa manhã de BTT, desafiante pelo piso escorregadio, e muito bem documentada pelos nossos repórteres. Um excelente texto do Gonçalo, com enquadramento histórico, acompanhado de uma boa reportagem e edição de vídeo, o Artur fez a proeza de conseguir fotografas as quedas e de também ficar filmado numa delas, e parabéns ao editor de vídeo que resistiu a não se apagar do video. Aquele pormenor da música nas quedas, está muito bom. Assim vale a pena pedalar e ler este blog.
Vem aí o Rogério, ele também vai cair (reprodução do audio). Pois o velhinho afinal passou e não caiu, ao contrário do comentador que caiu mais tarde. Moral da história: Não desejes aos outros o que pode acontecer a ti.