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Nove de dezembro de dois mil e dezoito, sete e vinte da madrugada. Em casa. Em minha casa.
Toca o despertador. Estranhamente, desta vez até fico satisfeito por ele ter tocado. Acordo ensonado mas entusiasmado.
Afinal é o grande dia. É hoje! Vou voltar às manhãs de domingo com os TSF!!
Oito e quase vinte da matina, saio de casa apressado, monto na bike e ponho-me a caminho.
Um tal de Rui L (não escrevo o apelido com receio do que fará o PAN) tinha falado em tirarmos umas fotos pelas oito e vinte, junto a uma tal de Fonte Luminosa daquela que é a cidade dos TSF: Leiria, pois claro.
Fotos para cá, fotos para lá, animação qb, tudo prometia uma manhã em beleza!
Partida rumo ao ponto de encontro oficial dos TSF onde nos juntámos aos restantes trilheiros, dois dedos de conversa – essencial para quem vai pedalar e lá fomos nós pedalando rumo ao infinito e mais além (afinal pedalamos cerca de 50 kms e subimos um acumulado de perto de um milhar de metros).
Voltava eu a andar de bike e fazia-o na melhor companhia: a dos TSF!
Sabia que me esperava um empeno, não esperava era ficar tão empenado com o dito cujo!!
A volta que nos esperava, dizia o nosso Cartografo Oficial, seria soft.
Das duas uma: ou o Cartógrafo não sabe inglês ou o soft dele não é bem o meu. Acho que prevalece a segunda opção.
Arrancamos, portanto, em amena cavaqueira e quando tudo parecia tranquilo eis que se nos atravessa uma subida no caminho. Era a primeira. De muitas. E grandes.
Esta malta é fantástica!
Ora se o tipo vinha para uma voltinha de regresso aos TSF, e trazia bike novinha a estrear, daquelas mesmo boas para descer… os TSF decidem pô-lo a subir!! E bota subir nisso!!
Subimos, subimos, subimos, subimos, subimos, continuamos a subir, subimos, subimos e voltamos a subir.
Passamos em muitos sítios. Não digo quais.
É que só de me lembra doem-me as pernas!
A paisagem era linda. Disseram-me.
Sim, disseram-me porque tinha de fechar os olhos para não ver o que ainda tinha para subir!!
Aqui mete-se a habitual conversa de BTTista: “É só mais esta subida” omitindo sempre o “até á subida seguinte”.
Numa paragem técnica (sim, porque minha falta de força é também uma questão técnica – afinal tecnicamente não conseguia pedalar mais) e com a excelente camaradagem deste grupo, e uma tal poção mágica que, qual Asterix, um tal de RL sem encarregou de levar lá me recompus duma ligeira indisposição (isto de não ter força é tramado).
Claro que o RP não deixou créditos por mão alheias e numa de treinar com mais afinco decidiu ajudar-me no que restava das subidas até chegarmos à merecida pausa para café algures em S. Mamede.
Repostas as energias, lá continuamos a volta agora sem grandes subidas, mas também (no meu caso) sem forças para as descidas…
Acho que desmaiei e só dei por mim sentado na cervejaria Armando rodeado de gente boa e das deliciosas imperiais pretas que tanto nos motivam.
Confesso que de tanto subirmos cheguei a sentir-me um astronauta numa aventura dos Trilhos Sem Fim rumo a Marte… ou mais além!
Nota a todo o grupo: O texto só vai agora, decorrida mais duma semana, mas não é por atraso ou preguiça: É protesto por não termos descido o GALINHEIRO!!! J
Abraço,
Helder Malheiro
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