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Trilhos Sem Fim nos carreiros do Alqueidão da Serra

por Trilhos Sem Fim, em 19.03.17

Volta Semi-Trilheira por caminhos e carreiros do Alqueidão

 

Há muito que não tínhamos uma tão elevada dose relativa de singles, carreiros e caminhos. Poucos foram os estradões e estrada foi só mesmo a estritamente necessária para chegar ao bem bom. 46 Quilómetros percorridos a partir do PR e um pouco mais para todos os que vieram de casa até ao PR de bicicleta. O acumulado rondou os 700m e a média superou um pouco os 13 kms.

Com uma média recente de doze participantes bem podemos dizer que sete companheiros faltaram e perderam uma fantástica manhã com piso seco, sem frio, sem calor e com uma humidade matinal bastante agradável. Desses sete somente um, o CC, tem a falta justificada.

Durante a semana a familiar dum excelso trilheiro inventou a figura do semi-trilheiro. Senti-me atingido: semi por faltas de comparência ou por irregularidade, semi por falta de força, semi por falta de jeito,etc. Nunca mais vou dizer a ninguém que sou bttista. Porque, de facto acho mesmo que assim sendo não sou. A partir de agora serei semi-trilheiro. Há mais mas hoje faltaram todos… o CC que se cuide!

Durante a manhã falou-se de algumas ausências e há uma particularmente preocupante com a chegada do verão porque na última reunião magna, foi eleito por unanimidade e aclamação o nosso Presidente Honorário, foram reconduzidos o Director e Editor Chefe, o Press Man e Tires Expertiser e ficou definitivamente decidido que o Caga-Lérias de serviço, sempre que compareça ao serviço, passa a ser esta praça. Mas não ficaram por aí as novidades porque, como bem nos recordamos, passámos a ter um aguadeiro/pingueiro na pessoa do RL e é aí que a porca, ou a leitoa, torce o rabo: Sem a presença deste companheiro, como tem vindo a suceder recentemente, o verão terá muito menos encanto e a secura e irritação das gargantas poderá tornar-se problemática para o nosso Departamento de Saúde.

Algures perto do Celeiro alguém perguntou se um amigo comum tinha ido de facto à Maratona de Sevilha. Logo alguém disse que sim senhor e de imediato o AF perguntou se foi pedalar. Ouviu como resposta que não, que tinha sido a correr e logo se ficou a saber que o referido amigo faz duatlo mas não triatlo porque não saberá nadar… Asseverou RP que é homem para ainda aprender e eu também acho que sim. De súbito disse o RG que compreende o problema dele porque também lhe falta o ar em ambiente aquático; o AL disse que era uma pena não estar equipado com guelras e de novo RP lamentou não ter mais aptidão ao meio aquático para poder fazer surf que é um sonho que lhe assiste. Em consequência ouvimos, alguns em primeira mão, a aventura do RG, algures numas férias noutros equinócios e azimutes em que depois de ter percebido que se mexia com algum à-vontade na piscina do hotel aceitou a ideia de fazer parte de um grupo que iria ter uma experiência de mergulho subaquático com botijas de oxigénio. A experiência ia correndo muito mal! Logo que mergulhou e se apercebeu que não havia nada que se comparasse com os tranquilizadores muros da piscina e de sólido só viu o casco do navio entrou em pânico e de tal maneira logo ali gastou quase metade do oxigénio disponível. Apoiado pelo instrutor de mergulho fez um ou dois patamares e chegou a pensar que já era mergulhador até que, qual canhão da Nazaré, a determinada altura deixou de ver os corais, os peixes e os crustáceos para se abeirar de um precipício submarino de fazer calafrios, se fosse em terra firme. Como quando o cérebro desliga não há nada a fazer, o RG voltou a desligar e quando tentou insuflar o colete já não havia forma de o fazer que o oxigénio era escasso. Emergiu e no caminho interminável da subida esperava alcançar o navio logo que chegasse à superfície. Não foi esse o caso… e de novo começou a patinar, disse. De novo o instrutor teve que vir em seu socorro, acalmá-lo e fazer sinais para bordo para que os recolhessem. Caricato é que não lhe ocorreu, quando chegou à superfície, que a sua dificuldade maior para se manter à tona eram os pesos de mergulho que poderia e deveria ter aliviado. Estava tão bloqueado que só quando chegou à embarcação se lembrou. Quando o questionaram porque tinha tido tantos problemas é que informou a plateia que não sabia nadar… aventureiro é assim. Primeiro vai e depois logo se vê!

Tudo isto porque alguém lembrou que inúmeros animais nadam de forma natural e o ser humano não só não o faz porque tem consciência do risco e “panica”! Exemplo disso são as experiências que permitem que recém-nascidos nadem perfeitamente e esta do nosso amigo RG que, mesmo não sabendo nadar, podia ter mergulhado nas calmas porque tinha todo o equipamento e para mergulhar não é necessário saber fazer o controlo respiratório essencial para poder dizer-se que se sabe nadar.

E é assim que se passam manhãs e se papam quilómetros e montanhas sem se dar por isso.

Para terminar lembrar que passou a haver um estabelecimento hoteleiro, algures na serra, onde não voltaremos a entrar para evitar males maiores. Não dispõem do sistema obrigatório para lavagem e desinfecção da loiça para além de se esquecerem de emitir a correspondente factura.  E o FêCêPê não aproveitou… Boa!

Quinta haverá nocturna e no domingo nova diurna… só não sabemos que estórias irão ser contadas nem se o HB irá voltar para se preparar para os dez dias de França a Santiago…

 Alípio Lopes

20170319 Alqueidão

Também em meo Kanal 490904

publicado às 17:34


8 comentários

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De Alípio a 19.03.2017 às 23:51

Correção um: em lugar de "a familiar" deverá ler-se "uma familiar, para não dizer filha..."; correcção dois: Tudo isto porque alguém lembrou que inúmeros animais nadam de forma natural e o ser humano só não o faz porque tem consciência do risco e “panica”! Já só faltam cinco comentários...
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De Cláudio Costa a 20.03.2017 às 10:20

Excelente crónica Alípio, assim como a reportagem, confirma-se que mereces o cargo atribuído.
Por cá, pela terra das vacas felizes a bike continua embalada no saco, pois o fim de semana foi de trabalho, mas amanhã talvez ela ja vá procurar umas vacas!


Continuem a divertirem-se, e a postar no blog, para eu ir acompanhando.
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De rogerio a 20.03.2017 às 11:58

Boa Alipio, estás nomeado redactor chefe, pois é imprescindível o teu contributo sempre que ao viveres as aventuras as não partilhes,  com este grupo de amigos. Parabens.
Claudio faz lá o reconhecimento, para irmos até aí um dia destes.
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De José Cardinhos a 20.03.2017 às 21:10

Por motivos familiares faltei, outros ocasiões não faltarão, concerteza.
Verifico que se divertiram e que ninguém se aleijou.
Bom texto e fotos/filme.


Boa semana e divertiam-se.


Esta quinta-feira e fim de semana, vou faltar, agenda preenchida.


Boas pedaladas.
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De Rui P a 22.03.2017 às 01:23

Que mais posso dizer? tudo impecável, mas com trilhos do melhor em versão concentrada.
Adorei as fotos e a mestria do cronista-mor. O quinteto também foi muito agradável, sobretudo na entreajuda a subir rampas difíceis, especialmente se houver reforço positivo.
Até domingo
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De DArmindo a 22.03.2017 às 09:44

Boa voltinha, Trilhos giros! Image
Dá para perceber que foi manhã animada.


Boa semana, boas pedaladas!
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De Alipio a 22.03.2017 às 21:40

Há muito que não víamos por aqui comentário tão enigmático mas para bons entendedores meia palavra basta.
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De Rui Gaspar a 24.03.2017 às 10:06

Quase que não chegava a tempo de comentar esta reportagem que confirma a verdadeira capacidade de reter informação do nosso companheiro AL. Confirmo que tenho mais facilidade em respirar fora de água montado na bike mesmo com os bofes de fora que debaixo de água. Mas também admito que não sei se fui aventureiro ou um pouco inconsciente. Correu bem e fica a boa memória da experiência. Sugiro esta atitude ao AL quando exita e trava num salto mais arriscado. Não trave que depois descobre que conseguiu sobreviver e respirar.Heheeee.

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