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Volta Semi-Trilheira por caminhos e carreiros do Alqueidão
Há muito que não tínhamos uma tão elevada dose relativa de singles, carreiros e caminhos. Poucos foram os estradões e estrada foi só mesmo a estritamente necessária para chegar ao bem bom. 46 Quilómetros percorridos a partir do PR e um pouco mais para todos os que vieram de casa até ao PR de bicicleta. O acumulado rondou os 700m e a média superou um pouco os 13 kms.
Com uma média recente de doze participantes bem podemos dizer que sete companheiros faltaram e perderam uma fantástica manhã com piso seco, sem frio, sem calor e com uma humidade matinal bastante agradável. Desses sete somente um, o CC, tem a falta justificada.
Durante a semana a familiar dum excelso trilheiro inventou a figura do semi-trilheiro. Senti-me atingido: semi por faltas de comparência ou por irregularidade, semi por falta de força, semi por falta de jeito,etc. Nunca mais vou dizer a ninguém que sou bttista. Porque, de facto acho mesmo que assim sendo não sou. A partir de agora serei semi-trilheiro. Há mais mas hoje faltaram todos… o CC que se cuide!
Durante a manhã falou-se de algumas ausências e há uma particularmente preocupante com a chegada do verão porque na última reunião magna, foi eleito por unanimidade e aclamação o nosso Presidente Honorário, foram reconduzidos o Director e Editor Chefe, o Press Man e Tires Expertiser e ficou definitivamente decidido que o Caga-Lérias de serviço, sempre que compareça ao serviço, passa a ser esta praça. Mas não ficaram por aí as novidades porque, como bem nos recordamos, passámos a ter um aguadeiro/pingueiro na pessoa do RL e é aí que a porca, ou a leitoa, torce o rabo: Sem a presença deste companheiro, como tem vindo a suceder recentemente, o verão terá muito menos encanto e a secura e irritação das gargantas poderá tornar-se problemática para o nosso Departamento de Saúde.
Algures perto do Celeiro alguém perguntou se um amigo comum tinha ido de facto à Maratona de Sevilha. Logo alguém disse que sim senhor e de imediato o AF perguntou se foi pedalar. Ouviu como resposta que não, que tinha sido a correr e logo se ficou a saber que o referido amigo faz duatlo mas não triatlo porque não saberá nadar… Asseverou RP que é homem para ainda aprender e eu também acho que sim. De súbito disse o RG que compreende o problema dele porque também lhe falta o ar em ambiente aquático; o AL disse que era uma pena não estar equipado com guelras e de novo RP lamentou não ter mais aptidão ao meio aquático para poder fazer surf que é um sonho que lhe assiste. Em consequência ouvimos, alguns em primeira mão, a aventura do RG, algures numas férias noutros equinócios e azimutes em que depois de ter percebido que se mexia com algum à-vontade na piscina do hotel aceitou a ideia de fazer parte de um grupo que iria ter uma experiência de mergulho subaquático com botijas de oxigénio. A experiência ia correndo muito mal! Logo que mergulhou e se apercebeu que não havia nada que se comparasse com os tranquilizadores muros da piscina e de sólido só viu o casco do navio entrou em pânico e de tal maneira logo ali gastou quase metade do oxigénio disponível. Apoiado pelo instrutor de mergulho fez um ou dois patamares e chegou a pensar que já era mergulhador até que, qual canhão da Nazaré, a determinada altura deixou de ver os corais, os peixes e os crustáceos para se abeirar de um precipício submarino de fazer calafrios, se fosse em terra firme. Como quando o cérebro desliga não há nada a fazer, o RG voltou a desligar e quando tentou insuflar o colete já não havia forma de o fazer que o oxigénio era escasso. Emergiu e no caminho interminável da subida esperava alcançar o navio logo que chegasse à superfície. Não foi esse o caso… e de novo começou a patinar, disse. De novo o instrutor teve que vir em seu socorro, acalmá-lo e fazer sinais para bordo para que os recolhessem. Caricato é que não lhe ocorreu, quando chegou à superfície, que a sua dificuldade maior para se manter à tona eram os pesos de mergulho que poderia e deveria ter aliviado. Estava tão bloqueado que só quando chegou à embarcação se lembrou. Quando o questionaram porque tinha tido tantos problemas é que informou a plateia que não sabia nadar… aventureiro é assim. Primeiro vai e depois logo se vê!
Tudo isto porque alguém lembrou que inúmeros animais nadam de forma natural e o ser humano não só não o faz porque tem consciência do risco e “panica”! Exemplo disso são as experiências que permitem que recém-nascidos nadem perfeitamente e esta do nosso amigo RG que, mesmo não sabendo nadar, podia ter mergulhado nas calmas porque tinha todo o equipamento e para mergulhar não é necessário saber fazer o controlo respiratório essencial para poder dizer-se que se sabe nadar.
E é assim que se passam manhãs e se papam quilómetros e montanhas sem se dar por isso.
Para terminar lembrar que passou a haver um estabelecimento hoteleiro, algures na serra, onde não voltaremos a entrar para evitar males maiores. Não dispõem do sistema obrigatório para lavagem e desinfecção da loiça para além de se esquecerem de emitir a correspondente factura. E o FêCêPê não aproveitou… Boa!
Quinta haverá nocturna e no domingo nova diurna… só não sabemos que estórias irão ser contadas nem se o HB irá voltar para se preparar para os dez dias de França a Santiago…
Alípio Lopes
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