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Já o Sol ia bem alto quando os seis trilheiros tomaram a sua decisão. Após uma breve troca de opiniões, o percurso foi decidido por unanimidade.
Saídos do parque radical e após alguns quilómetros em estrada, entramos nos trilhos já nossos conhecidos. Serpenteámos pelo velho estradão, por entre as frondosas árvores e, nisto, voltámos à estrada, junto do vetusto templo. Sempre a subir, admirámos a paisagem, contemplámos a montanha e descortinámos no horizonte a fábrica com as suas grandes chaminés, agora sem emissão gasosa. Recordámos como é boa e perigosa a descida, mas agora estávamos a subir. Onde estávamos nós?
Passámos a pedreira, agora abandonada, e já à beira dos campos agrícolas constatámos que os postes dos telefones, semanas antes vandalizados pelos ladrões de metais, já se encontravam a apontar o sol brilhante.
Sempre a subir, passámos o bosque, deixámos para trás a estrada e subimos pelo empedrado até ao nosso destino. Aí chegados, aproveitámos o calor dos raios de sol amenizado pela agradável brisa. Tínhamos chegado À Pia do Urso. Por entre um café, um doce pastel e a tradicional banana, atualizámos as noticias da semana e recordámos aqueles que, pelos mais diversos motivos, não nos conseguiram acompanhar.
Já com a conversa em dia, subimos até final do empedrado, para logo encontrar o carreirito da Pia. As bikes, saltando cada pedra, levaram-nos ao estradão.
Era ainda muito cedo, pouco passava das 10:30. Contornámos a pedreira pelo sul e pelo single track, entrámos na área antigamente explorada. Ainda tínhamos que disfrutar do vibroplaite e talvez da Curvachia. Um após outro, e soltadas ao vento algumas vetustas palavras (não é Rui G? O filme não engana.), ultrapassámos, alguns à mão, o rugoso empedrado que nos encaminhou para a entrada sul do Reguengo e permitiu o acesso direto à sua área mais nobre, o adro da velha igreja.
Tal como durante o passeio, também no texto me esqueci que isto é um grupo e que o grupo tem pessoas, com nomes. Pois, mas lá esteve o culpado habitual a recordar a definição de grupo. Tivemos um regressado, o Valter, que por distração ousou avançar em demasia, mas logo a repreensão chegou, de onde todos esperávamos que viesse.
Ainda tivemos tempo de passear pelas nascentes do rio Lis, atravessar o leito, agora seco, e saltar os dois muretes de pedra.
Já junto da capela encontrámos as camaradas de outros passeios, e o seu cachorrito. Confraternizámos!
O tempo, que sobrava a meio do passeio semanal, escasseou no fim. Depois, em pequenos grupos, e sem qualquer tipo de acidente, atingimos o parque radical. Cada um continuou o seu domingo junto das famílias mas, com a firme intenção de repetir o passeio num futuro bem próximo.
Votos de uma excelente semana.
Até domingo.
Rui Passadouro da Fonseca
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