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Trilhos Sem Fim subiram até à Anta

por Trilhos Sem Fim, em 05.11.17

Esta manhã de Domingo deste suposto inverno, que o é, apenas no calendário, foi mais uma vez bem aproveitada pela família TSF. Pedalámos, conversámos, subimos, descemos e desfrutámos da natureza com que fomos brindados. Presentes éramos sete, mas falámos de mais alguns, do amigo Alípio e do seu mais recente entretém. O que ele faz para tirar selfies inéditas, interna-se num hospital… Segundo sabemos de fonte segura, correu tudo bem e deverá voltar ainda mais forte! Mas a inveja está em todos os seres humanos e o Rui P. não querendo ficar atrás, foi também operado, mas este parece que tinhas “peças” a mais e foi tirar, felizmente também correu bem e a vontade e o gosto por estas manhãs é tal, que ainda num estado em que qualquer leigo olhando para aquele penso diria que não deveria ir BTTar, veio e acredito que lhe tenha feito bem.

Como gostamos é de subir, nomeámos o Cardinhos para o comando. Claro que se adivinhavam mais de 1000 m de acumulado, mas queremos é o homem satisfeito e já que não estamos na Holanda, vamos lá aproveitar estas serras e visitar a Anta. Sim que este Cardinhos na Holanda seria um infeliz, aquilo diz que é só planícies!

 

Ele hoje levou-nos a subir todos aqueles percursos que adoramos fazer a descer, sim é isso mesmo, para vermos quão compridas aquelas descidas são afinal. Surpreendemos-nos com o que vimos no single-track do rio seco, de um lado do trilho estava queimado e do outro não, foi o trilho e certamente alguma ajuda humana que delimitaram o fogo. Daí fomos apreciar as vistas que a Anta proporciona e era hora de fazer umas descidas até Leiria, passámos nas nascentes do Rio Liz, mas que à semelhança de todo o país, está seca, em pleno Novembro.

 

Sei que a crónica já vai longa, mas relembrado velhos tempos, de crónicas com mais conteúdo técnico e histórico e na sequência da nossa conversa desta manhã deixo aqui umas contas sobre as turbinas eólicas:

Durante a nossa volta de hoje e constatando a grande velocidade a que rodavam os rotores dos geradores eólicos, conversávamos, eu e o Rui P. que na ponta da pá a velocidade seria certamente superior a 100Km/h! Pois bem, para tirar a dúvida desloquei-me novamente à Anta durante a tarde de hoje, desta vez de carro, para medir o tempo de rotação do rotor e para procurar a geocache que por lá está e teimava em não aparecer. Quanto à cache confirmo que está lá, mas a uns metros da Anta, ou seja, as coordenadas finais da mesma estão erradas. Quanto ao cálculo da dita velocidade, verifiquei que aqueles geradores da NORDEX modelo N-90 de 2300kW de potência, têm um rotor de 90m de diâmetro e que cronometrando o tempo de cada volta do rotor, temos uma volta a cada 4 seg., o que feitas as contas dá uma velocidade linear na ponta da pá, de uns espantosos 254.34 Km/h, correspondendo a uma velocidade de 70.65m/s, e a uma velocidade angular de 1.57 Rad/s, ou seja 15 RPM. Ora, sendo assim, se a ponta da pá andasse de bike, teria feito o nosso percurso de hoje em 11.15 minutos :)

 

Tenham uma boa semana,

Cláudio Costa

20171005 anta

publicado às 20:40


6 comentários

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De Rui Gaspar a 06.11.2017 às 23:24

Parabéns ao cronista, pois estava inspiradissimo e brindou-nos com um texto bem ilucidativo do que é um "inginheiro" atento ao que o rodeia. Mais atento que o editor do video que editou este clip apenas com uma data com 1 ano em atraso .Tem desculpa, pois ainda está a recuperar da anestesia.  De registar também o regresso da boa forma do nosso reporter que voltou ao seu ritmo, pedalando para se colocar no melhor enquadramento. Lembrar que domingo há um evento de BTT na Marinha Grande que o companheiro DA sugeriu e que merece a nossa comparência.

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