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Aproveitando a solarenga manhã do verão de São Martinho, saímos do Parque Radical discutindo o destino a tomar, com a ausência dos GPS habituais do grupo para nos orientarem decidimos ir para os lados da Torre para ir ao encontro dos trilhos que tínhamos feito no passeio nocturno, num misto de orientação partilhada por vários GPS, mas que correu muito bem, pois resultou numa volta com os típicos 1000m D+, 50km com bons trilhos, bons single-tracks, cafezinho a meio da volta, visita ao imponente Carvalho do Reguengo, novidade ainda para alguns, e cuja história conto mais abaixo. Isto tudo até às 12h30, onde terminámos no local do costume. Mas a manhã começou fresquinha, o rio Lis “fumegava” e os corta-ventos foram uma boa opção, mesmo sabendo que dentro de pouco tempo os estaríamos a tirar, o que foi acontecendo depois das primeiras subidas e quando os raios de sol conseguiam passar a vegetação, mostrando o seu efeito na natureza. A encosta da serra ainda à sombra, permanecia húmida e fria, já os trilhos expostos ao sol quente por estar baixo, estavam completamente secos. Fomos contemplando a natureza e as subidas, e dois de nós contemplaram tanto que ficaram para trás, já se sabe quem foi! Reagrupado o grupo descemos em direcção à Torre para logo subirmos, e bem, e voltarmos a descer um single ainda antes do single do Moleiro. Daí para a pastelaria do Reguengo, e desta para a visita ao Carvalho, onde tirámos as fotos da praxe. O regresso foi como habitualmente por mais uns single tracks que gostamos de descer bem rápido até à Amoreira, o resto foi o habitual, com a maluqueira já típica desde a Reixida até Leiria, a ver quem não perdia a roda do da frente. Ganho o apetite para a cervejinha, e como era cedo, terminámos a manhã descontraidamente a conviver e a aproveitar o sol à volta da mesa com reforço da dose de tremoços.
O Carvalho do Padre Zé
A história que se conta sobre o 'Carvalho do Padre Zé' reza que ao lado deste exemplar havia um outro “ainda maior” que terá sido abatido e convertido em carvão. “Conta-se que o padre [José do Espírito Santo] pagou para que não cortassem também aquele. E assim se terá salvo o carvalho” e, dessa história, lhe ficou o nome.
Décadas depois desse episódio, que remonta aos anos 40 do século passado, o 'Carvalho do Padre Zé', está, segundo noticia do jornal de Leiria de Maio 2020 num processo para a sua salvaguarda e protecção através da classificação como árvore de interesse público. Quando foi iniciado o processo pela Junta de Freguesia, o carvalho tinha três proprietários, e segundo essa noticia de 2020 a autarquia já tinha adquirido “duas partes” e estava em negociações para a aquisição do restante. Diz-se que o Carvalho terá centenas de anos, mas ainda não estava apurada a sua verdadeira idade.
O tronco, à altura de 1.30m, tem 6 metros de perímetro e a sua altura é de cerca de 21m.
Cláudio Costa
TSF 20211114
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